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Esporotricose: você sabe o que é?

A doença transmitida por gatos está em alta no Brasil e pode afetar humanos A esporotricose é uma doença provocada pelo fungo Sporothrix spp, encontrado no solo, palha, vegetais e madeira. A doença afeta a pele de cães e gatos e é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode se transmitir entre animais e […]

23 out 2024 - 09h31
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A doença transmitida por gatos está em alta no Brasil e pode afetar humanos

A esporotricose é uma doença provocada pelo fungo Sporothrix spp, encontrado no solo, palha, vegetais e madeira. A doença afeta a pele de cães e gatos e é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode se transmitir entre animais e humanos, segundo a médica veterinária Fernanda Binati.

A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporothrix spp, ela é transmitida por gatos está em alta no Brasil
A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporothrix spp, ela é transmitida por gatos está em alta no Brasil
Foto: Revista Malu

Os gatos são os mais atingidos pela doença, especialmente os que têm acesso à rua e não são castrados. "Além disso, o cão não elimina quantidade elevada de esporos do fungo nas lesões, podendo não ser o foco da zoonose", explica.

Transmissão e sintomas

Gatos contaminados transmitem a doença através do contato direto com feridas, arranhaduras ou mordidas. "Os sintomas que indicam o problema incluem lesões ulcerativas na pele, com crostas e líquidos, especialmente em áreas como face, focinho, plano nasal e pavilhão auricular. Essas lesões também podem se espalhar pelo corpo todo do animal. Em casos de lesões disseminadas, os sinais clínicos podem incluir febre e apatia", explica Fernanda.

Esporotricose tem tratamento!

Veterinários diagnosticam a esporotricose por meio de avaliação microscópica das lesões, exame micológico e, em alguns casos, exame histopatológico. "O tratamento da esporotricose envolve o uso de antifúngicos sistêmicos e tópicos. Após a melhora dos sinais clínicos, recomenda-se realizar avaliações laboratoriais para concluir o tratamento."

Atenção à prevenção

De acordo com a médica veterinária, as prevenções incluem a castração de machos felinos com acesso à rua, "a fim de evitar brigas territorialistas. Além disso, é preciso restringir o acesso deste animal à rua, e a outros bichanos e humanos, até o final do tratamento". Para prevenir que as pessoas se infectem, Fernanda orienta que não toquem em lesões, principalmente de felinos, sem o uso de luvas.

A contaminação dos humanos

O infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital São Luiz Morumbi, Fernando de Oliveira, explica que os humanos também podem ser contaminados através do contato com vegetação em decomposição, lascas de madeira e espinhos de arbustos, e a doença se limita à pele. "Geralmente, no local onde o fungo foi inoculado, costuma aparecer uma pápula (lesão sólida pequena) ou uma pústula (bolha com líquido escuro dentro).

Normalmente, não causa outros sintomas e costuma aumentar de tamanho em poucas semanas, tendendo a formar um nódulo. Pode ocorrer acometimento também do tecido linfático, formando uma espécie de caminho de nódulos no trajeto da primeira lesão, como se fosse um rosário. A doença também pode aparecer em mucosas e, nestes casos, a dos olhos é a mais acometida", explica o infectologista. Em pacientes com imunidade mais baixa, devido a outras doenças, a esporotricose pode ser mais extensa.

Como identificar a doença nas pessoas?

Veterinários diagnosticam a doença através da cultura da lesão da pele ou do órgão afetado, identificando o fungo. É essencial informar ao médico sobre o contato com gatos. "A doença tem cura e, em alguns casos, pode até melhorar sem tratamento, embora isso seja raro. O tratamento tem duração mínima de dois meses, sendo a média de 3 a 4 meses", destaca Oliveira.

Prevenção

O infectologista recomenda, além do indicado pela médica veterinária Fernanda, que:

  • O animal precisa ser acompanhado por um veterinário e não deve ser abandonado;
  • Os brinquedos e os objetos do animal devem ser higienizados frequentemente;
  • Se o animal doente morrer, para evitar que o fungo se perpetue na natureza, procurar meios de cremação;
  • No caso de manuseio de plantas, limpeza de quintal e realização de trabalhos rurais, também é recomendado usar luvas, roupas e calçados adequados.

Atenção!

O animal de estimação jamais deve ser abandonado ou sacrificado. Assim como em seres humanos, também há cura para eles.

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