Febre Amarela: saiba os sintomas e como se proteger
Morte de macacos infectados por febre amarela no interior de São Paulo acende alerta para o risco de transmissão da doença
A confirmação da morte de quatro macacos infectados com Febre Amarela no interior de São Paulo acende um alerta para o risco de transmissão da doença. Os animais foram encontrados no campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) no início de janeiro. Foram realizados exames que atestaram a presença do vírus nos animais.
O infectologista Luis Felipe Visconde, do grupo São Lucas, composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica, explica que os primatas são os principais hospedeiros do vírus. No entanto, a transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos infectados.
"É importante ressaltar que os macacos são tão vítimas quanto nós, eles não são os transmissores da doença. A transmissão é feita por algumas espécies de pernilongos e, uma vez contaminados, podem ficar vários dias com o vírus no seu organismo e com capacidade de transmissão. O foco é evitar a proliferação desses agentes, controlando focos de procriação e sua atividade dentro dos nossos domicílios", reforça.
Medidas de prevenção
Com gravidade variável, a maioria dos pacientes apresentam sintomas moderados, sendo eles o surgimento de febre alta e de início súbito, dor no corpo, fadiga, náuseas e vômitos. A dor de cabeça intensa é também um marcador da doença, e a vacinação é a principal forma de prevenção.
A vacina contra a febre amarela, além de proteger o indivíduo, evita a propagação do vírus de pessoa a pessoa. Atualmente, sabe-se que uma única dose pode imunizar de forma vitalícia. Outras medidas envolvem a prevenção de picadas de mosquitos, como o uso de repelentes e controle dos criadouros e evitar áreas de mata, sobretudo nas regiões onde houve documentação de casos.
"É importante tranquilizarmos a população em referência a transmissão do vírus e pedir cautela. No Brasil, a doença urbana foi erradicada em 1942 e segue desde então sob controle graças à vacinação. Com isso, o momento pede atenção redobrada na carteira vacinal e acompanhamento das autoridades no caso dos macacos", finaliza o infectologista.