Frutos da liderança feminina

Presença de mulheres em cargos de liderança representa efeitos positivos nas empresas

Você sabia que pesquisas realizadas nos últimos anos apontam um aumento significativo no número de mulheres que ocupam cargos de liderança no Brasil. Isso representa benefícios valiosos para as empresas, tanto para o crescimento da receita, quanto para validação e enriquecimento das pautas sociais.

Uma pesquisa realizada pelo Talenses Group, em parceria com o Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa, coletou informações de mais de 581 empresas no país. O estudo mostrou a expansão do público feminino em cargos como presidência, vice presidência e em conselhos de diretoria. Esse aumento leva em consideração a primeira edição da pesquisa, feita em 2017.

Notícias relacionadas

Ninguém presta atenção e até pisam nela: essa é a planta que é um tesouro para o jardim

Pudim de tapioca: quem come acha melhor que o de leite

Superlotação no Japão leva a uma medida extrema: pagar para que ninguém fale com eles

O cargo de CEO, por sua vez, teve uma evolução de quatro pontos percentuais em quatro anos, a média variou de 13%, em 2018, a 17%, em 2022. Para além da igualdade de gênero e da valorização do trabalho feminino, a inclusão de mulheres em posições como essas pode impulsionar receitas e promover maior visibilidade para questões como a gestão humanizada, bem como aumentar a representatividade de mulheres em cargos de liderança.

De acordo com Isa Santini, CEO do Ateliê Beauty, a presença feminina em cargos de gerência é extremamente benéfica para os resultados da empresa, considerando a proximidade com público.

Olhar feminino sobre o mundo

''Ter mulheres em posições de liderança pode trazer uma compreensão mais profunda do mercado consumidor feminino, permitindo que a empresa atenda melhor às necessidades e preferências desse público'' exemplifica a empreendedora.

Isa ainda destaca competências e diferenciais de mulheres que lideram, incluindo a desenvoltura com a gestão e o know-how feminino para lidar com eventuais desafios. ''Além de trazer maior resiliência e adaptação, já que as mulheres muitas vezes têm demonstrado habilidades notáveis de resiliência e adaptação durante as mudanças'' afirma.

Claudine Anchite, conselheira do CMJ (Conselho Mudando o Jogo), também reconhece o ganho de força da gestão quando liderada por uma mulher.

Além de inspirar, as mulheres que ocupam cargos de liderança desenvolvem soft skills importantes para a liderança, como a boa comunicação e bom relacionamento interpessoal. Desenvolvem habilidades que envolvem o diálogo e a empatia. Com isso, as equipes ficam mais fortes e os relacionamentos mais firmes. O resultado é, sem dúvida, um trabalho de mais qualidade'', explica.

O que ainda precisa ser superado?

Apesar do otimismo com o atual cenário, Isa Santini, CEO do Ateliê Beauty, chama atenção para o que ainda precisam ser superado: ''A desigualdade salarial entre homens e mulheres; os desafios para as mulheres conciliarem as responsabilidades familiares e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; além da falta de representatividade das mulheres em setores tradicionalmente dominados por homens''.

Sobre a diferença de salários, Claudine acredita que essa mudança vem se encaminhando: "Embora ainda seja necessário traçar um longo caminho, algumas pesquisas já demonstram otimismo em relação a alguns cargos, principalmente ligados à tecnologia, nos quais a disparidade salarial é menor. As ações inclusivas nas empresas vêm ajudando muito nesse sentido''.

A diversidade de perspectivas e experiências não só impulsiona o crescimento econômico, mas também promove uma sociedade mais justa e igualitária. É importante apoiar e celebrar as conquistas das empresárias que estão deixando sua marca no mundo corporativo.