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Elas falam: brinquedo sexual leva ao orgasmo, mas não substitui homem

Mulher de 47 anos só conseguiu orgasmo com vibrador; entrevistadas confirmam eficiência do aparelho, mas não dispensam presença masculina

21 jun 2013 - 08h17
(atualizado em 10/12/2013 às 16h02)
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<p>Vibrador em forma de tripé, criado por ginecologista, proporcionou à mulher de 47 anos o primeiro orgasmo </p>
Vibrador em forma de tripé, criado por ginecologista, proporcionou à mulher de 47 anos o primeiro orgasmo
Foto: Divulgação

Uma avó de 47 anos passou a vida inteira sem experimentar o ápice do prazer em uma relação sexual. Não, ela não era virgem, pelo contrário, passou por dois casamentos e teve três filhos. Os dois homens não puderam levar Kim Smith ao orgasmo, mas o terceiro – não propriamente na cama – conseguiu o feito: criou um vibrador que proporcionou à britânica o primeiro clímax sexual este mês. O brinquedinho sexual não serve somente para a estreia no campo do prazer, mas para saciar o desejo na ausência do parceiro, segundo as entrevistadas pelo Terra.

Grandes, pequenos, de borracha ou material consistente, existe uma infinidade de modelos de vibradores disponíveis para apimentar a relação. Para as livres de preconceito e tabus, eles devem sim fazer parte da vida íntima feminina. “Já usei com o meu parceiro e sozinha. Usamos dadinhos, cartas, bolinhas que estouram, sprays, gel que gela, fantasias e a última aquisição foi um vibrador para mim”, relatou a enfermeira Bruna. A última compra valeu à pena, segundo ela. Assim como Kim, ela usou um vibrador que estimula o clitóris: “recomendo, cheguei ao orgasmo com ele bem rápido”.

<p>Elas confessaram usar vibradores quando estão sozinhas</p>
Elas confessaram usar vibradores quando estão sozinhas
Foto: Getty Images

A secretária Maria* também experimentou estímulos de um vibrador quando estava sozinha. Ela, que já visitou sexshop “várias vezes”, contou que os aparelhos conseguem levar à mulher ao ápice do prazer. Para curtir com o parceiro, algemas e gel também são opções. Há ainda as que não experimentaram, mas estão com a curiosidade à flor da pele, como a assistente administrativo Nathalia: “tenho muita vontade”, contou ela que apesar de já ter perdido horas pelas prateleiras de lojas especializadas em artigos sexuais, ainda não comprou seu próprio vibrador.

Das entrevistadas, a estudante de Arquitetura Júlia foi a única a discordar do uso de brinquedos sexuais. “Acho desnecessário”, disse em entrevista ao Terra. “Como respeito o amor do ato sexual, creio que seja artificial (chegar ao orgasmo com um vibrador)”, acrescentou. A estudante universitária Michelle, que é adepta ao uso de artigos sexuais como vibradores, lamentou preconceito que ainda envolvem temas relacionados ao sexo.  “Uma parte das mulheres acham que uma mulher casada não precisa disso”, comentou Bruna.

Vibradores, sim: homens, também

Elas podem ser sexualmente felizes sem eles? Ainda não. Os aparelhos em forma fálica levam o público feminino ao orgasmo, mas “o toque e a sensação de ter alguém não pode ser substituído”, afirmou Maria*. Os vibradores e brinquedos sexuais servem como complemento para “apimentar”, porém jamais serão protagonistas entre quatro paredes, de acordo com Nathalia. “Tem tanta coisa envolvida. Sentir o calor do outro, trocar carícias, um beijo durante o ato sexual, fazer o parceiro gozar, tudo isso é muito melhor”, enumerou Bruna.

A substituição do prazer, disse Júlia, deve ser “meramente momentânea”. O papel do homem, segundo Michelle, é estimular o desejo feminino. E o brinquedo entra na trama para ajudar a despertar o apetite da parceira. “Ele jamais vai substituir o parceiro”, concluiu a estudante universitária.

* A pedido da entrevistada, o nome Maria (fictício) foi usado como substituição do verdadeiro na reportagem

Fonte: Terra
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