Elas falam: mulheres ainda mentem sobre número de parceiros sexuais

Uma pesquisa feita pela Ohio State University, nos Estados Unidos, com 293 mulheres entre 18 e 25 anos, mostrou que elas preferem não contar o número real de parceiros sexuais que já tiveram. O motivo? Medo de serem julgadas. Segundo as entrevistadas pelo Terra, apesar de a maioria ainda diminuir a quantidade, cada vez mais mulheres a aumentam.  A contagem vai depender da situação, da companhia e da imagem que ela quer passar. “A mulherada aumenta o número de caras, pois há aquela coisa de o homem ser mais experiente e como não gostamos de ficar por baixo o número tende a aumentar um pouquinho”, contou a técnica em produção industrial Bárbara C. Ela, porém, assumiu que se relacionou apenas com um parceiro.

A jornalista Janaína Q. concordou e disse que algumas mulheres tentam agir como os homens nos relacionamentos. “Querem parecer pegadoras, que não se amarram”, afirmou ela, que não concorda com a atitude e já teve quatro parceiros sexuais. A estudante Camila M. teve três homens na vida e disse que exporia a quantidade real, se fosse perguntada. “O número não quer dizer exatamente a experiência. Você pode ter um parceiro e ser mais experiente do que quem teve 50”, justificou.

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As que gostam de contar vantagem não formam a maioria, segundo as entrevistadas, e podem menosprezar a experiência sexual se o interesse for por um relacionamento sério. “Ainda existe o tabu de que mulher que pega muitos homens é piranha. Se ele não quer algo sério, não se importará se ela teve 10 ou 20 parceiros, mas acho que para namorar isso importa sim. Por isso, as mulheres não vão contar jamais com quantos já dormiram”, explicou Janaína.

“A maioria das mulheres que tem mais de um parceiro não assume. Acham que assim o homem lhe dará mais valor”, acrescentou a gerente administrativa Bruna B. Ela, que teve oito parceiros sexuais, afirmou não existir homens com “cabeça aberta” suficiente para aceitarem parceiras que já dormiram com duas dezenas de caras e que, geralmente, o machismo ainda impera. “Sendo que a maioria dos homens que eu conheço já transou com muito mais do que isso”, comparou.

Até mesmo em uma rodinha de amigos, disse a secretária Jessica Gomes, se uma mulher começa a contar as próprias experiências sexuais, pode ser rotulada. O medo da rejeição e a vergonha acabam impedindo que elas sejam sinceras, opinou. “A sociedade é contra a mulher que vive a sexualidade de forma plena, por isso as com comportamento liberal se resguardam”, acrescentou a jornalista A. P. N., que tem experiência sexual com dois parceiros.

Jessica tem o pensamento liberal em relação às mulheres terem vários parceiros, no entanto, ela teve apenas um: “comecei minha vida sexual aos 18 anos e desde então estou com a mesma pessoa”, contou. “Meu pensamento é e sempre foi o seguinte: ‘se o homem pode, por que a mulher não?’”, acrescentou Bruna. Para Camila, porém, o assunto ainda divide opiniões, entre as sexualmente mais liberais e as que se prendem às tradições, criação e religião.

“Sou contra ter vários parceiros, ligo totalmente amor ao sexo. O sexo é uma forma de tornar a relação do casal mais íntima”, disse Barbara. Segundo Janaína, para a mulher vale mais a qualidade do que a quantidade. “Se há um relacionamento e a gente gosta do parceiro, é óbvio que o sexo vai ser bem melhor do que transar com vários”, afirmou. “Todo mundo quer a mesma coisa: uma relação estável e saudável”, concluiu A. P. N.