Elas falam se ficariam com o chefe
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Uma conversa no elevador, uma esticadinha no horário para terminar aquela planilha que ele pediu, um e-mail descontraído para confirmar a presença na reunião e um happy hour após o expediente. Tudo bem, chefe é chefe e a relação deveria ser estritamente profissional, mas às vezes acaba virando algo mais. Há quem acredite que esse envolvimento pode trazer problemas para o trabalho, mas por outro lado há mulheres que preferem “se jogar” e curtir o momento. Por isso, o Terra foi atrás para saber se, quando apaixonadas, elas encarariam uma relação com o chefe.
“Como diz o ditado, onde se ganha o pão, não se come a carne. Acho que não ficaria porque teria receio da relação depois. Se ela fosse pra frente, poderia passar por interesseira. E se ela terminasse de maneira ruim, o clima poderia ficar pesado no ambiente de trabalho”, justificou a bióloga Patricia Oliveira, de 26 anos. Ela nunca se envolveu com um chefe e acha impensável imaginar esse tipo de relação. A solução caso estivesse interessada? “Tentaria esquecer e deixar essa paixonite passar”, respondeu.
Assim como Patrícia, a analista financeira Gabriela Custódio, de 24 anos, diz que faria de tudo para evitar essa relação, mesmo se estivesse envolvida. Para ela, a experiência pode ajudar ou atrapalhar na vida profissional, mas independente disso, é quase inevitável não “misturar as coisas” e e se desgastar. “Imagine um dia em que você brigou com o cara e tem que olhar para ele e ainda responder como se nada tivesse acontecido? Eu não tenho esse sangue frio”, admitiu.
Enquanto algumas mulheres são completamente contra uma paquera com o chefe, outras aceitam melhor a ideia. É o caso da corretora de imóveis Tânia Nascimento, de 30 anos. Ela concorda que a relação pode interferir na carreira e conta que “sempre fugiu de encrenca”, mas nem por isso deixaria de vivê-la se tivesse vontade. “Nunca aconteceu porque quase todos os meus chefes eram casados e nunca pintou um clima, mas se os dois estivessem envolvidos e interessados, eu ficaria independente do cargo”, explicou. Ainda assim, ela acredita que é preciso pensar muito antes de tomar a atitude porque as mulheres são mais sensíveis que os homens e têm mais dificuldade em separar trabalho de vida pessoal.
Entre as entrevistadas, a assessora de imprensa Laura*, de 27 anos, foi a única que já se sentiu atraída pelo chefe e não acredita que isso pode prejudicar a carreira - pelo contrário. "Se a iniciativa viesse dele, não pensaria duas vezes antes de tentar. Acho que o relacionamento no trabalho deixa a rotina mais prazerosa", conta. Mas para ela, pior que se envolver nesse tipo de relação e não dar certo, é "levar um fora" e ter que conversar com a pessoa no dia seguinte. "Fiquei insegura em jogar qualquer indireta e perceber que ele não queria. Preferi deixar passar".
E se ela fosse a chefe?
E se a situação fosse contrária? Questionadas sobre uma possível relação em que elas ocupariam o papel de chefe, elas foram mais flexíveis em aceitar a experiência. “As mulheres são mais sensíveis e têm mais dificuldade de lidar com fofocas do tipo ‘fulana se envolveu com o chefe para ser promovida’. Os homens são mais tranquilos então acho que a chance de prejudicar o trabalho é menor”, justificou Tânia.
Por outro lado, Patrícia só mudaria de opinião se os dois fossem colegas de trabalho e ocupassem o mesmo cargo. Já Gabriela prefere evitar qualquer relação no trabalho, seja com chefe, colegas ou subordinados. “Posso morder a língua um dia, mas hoje eu não deixaria isso acontecer”.
*Laura é um nome fictício, já que a entrevistada não quis se identificar
Fonte: Terra