Ginecologista descobre onde é o 'ponto G' da mulher; confira
Um ginecologista americano afirmou ter encontrado o famoso Ponto G, um suposto centro de extremo prazer feminino localizado na parede inferior frontal da vagina e cuja existência é alvo de controvérsia há décadas.
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Adam Ostrzenski, médico do Instituto de Ginecologia de St. Petersburg, Flórida, diz ter confirmado a existência do Ponto G depois de realizar uma dissecação na parede interna da vagina do cadáver de uma mulher de 83 anos, indicou o estudo publicado nesta quarta-feira (25) pelo Journal of Sexual Medicine.
O Ponto G identificado se apresenta como uma pequena cavidade bem definida na parte posterior da membrana perineal, de 16,5mm da parte superior do orifício da uretra, criando um ângulo de 35° na parte lateral da uretra, de acordo com Ostrzenski, principal autor do estudo.
Formado por três regiões distintas, o Ponto G no cadáver analisado media 8,1mm de comprimento e uma largura variável entre 3,6mm e 1,5mm e uma altura de 0,4mm. Uma vez extraído do cadáver, o Ponte G e todos os tecidos adjacentes variaram entre 8,1mm a 33mm.
"Este estudo confirma a existência anatômica do ponto G, o que pode levar a uma melhor compreensão e melhoria da função sexual feminina", segundo Ostrzenski.
O editor-chefe da revista, Irwin Goldstein, destacou a descoberta por contribuir para o conhecimento da anatomia sexual da mulher e sua fisiologia.
O Ponto G, chamado assim pelo ginecologista alemão Ernst Graefenberg, o primeiro a mencionar sua existência em 1950, é um lugar muito sensível na vagina que, estimulado, concede à mulher grande excitação e um potente orgasmo.
No entanto, a existência do Ponto G foi questionada por quem afirma que é subjetivo, e alguns especialistas afirmam, inclusive, que não existe. Os críticos questionam também as descobertas mais recentes, destacando que o Ponto G só parece excitar algumas mulheres e que sua importância pode ser exagerada pelos vendedores de produtos sexuais.
"É um estudo de caso relativo à dissecação do corpo de uma mulher cujas experiências sexuais desconhecemos", escreveu a pesquisadora sexual Debby Herbenick na revista digital Daily Beast.
"Ela desfrutava de penetração vaginal? Achava prazerosa ou erótica estimulação do Ponto G? Não sabemos", assinalou. Em 2008, a mesma revista publicou um artigo de um pesquisador italiano que fez uma ecografia da área da vagina de nove mulheres que diziam experimentar orgasmos vaginais e 11 que diziam que não. Este estudo concluiu que a característica anatômica existe, mas só algumas mulheres a têm.
Os críticos replicaram que não estava claro se o suposto Ponto G é uma estrutura nova ou, simplesmente, uma extensão do clitóris. Herbenick insistiu que a última descoberta acrescenta pouco à pesquisa. "Não sabemos quantas mulheres (caso haja alguma) têm estruturas similares. E certamente não sabemos se a estrutura tem algo a ver com a estimulação do Ponto G, o prazer sexual, as sensações eróticas ou o orgasmo", escreveu.
"Não é que as partes do corpo venham com etiquetas que indicam o que são, e chamar essa estrutura de ''ponto G'' não faz com que seja".