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5 dicas do Arcano "O Pendurado" para atravessar a noite escura da alma

Esta carta te ajuda a compreender a jornada. Confira as dicas do Arcano "O Pendurado" para atravessar a noite escura da alma

5 jul 2024 - 14h00
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Você já se encontrou ou se encontra em uma fase de extrema indiferença? Sem até mesmo conseguir ver um filme ou o episódio de uma série completo ou ainda não conseguir escutar aquela uma música que tanto gosta, fora tanta coisa dando errado? Talvez a palavra correta nem seja a indiferença, mas se um vazio e uma apatia se misturam aí dentro. Por isso, saiba que O arcano maior O Pendurado do tarot está mais perto de você do que você imagina. Vem entender como interpretar corretamente essa fase e superar esse limbo.

Saiba como interpretar este Arcano
Saiba como interpretar este Arcano
Foto: Shutterstock / João Bidu

A Jornada até aqui

Quando estamos no caminho do desenvolvimento pessoal em busca de se tornar pessoas melhores, os primeiros passos são incríveis! Você descobre um mundo muito além da borda, você se empolga verdadeiramente com a possibilidade de que é possível ser diferente e melhor. Mas é natural que cheguemos a uma parte da jornada em que desconexões de todos os tipos começam a ocorrer e não adianta tentar se agarrar ou evitar, essa é uma parte indispensável do seu processo de conhecimento.

Gostos pessoais já não serão mais os mesmos, aquilo que te preenchia já não te satisfaz, nem mesmo o trabalho; vínculos que antes eram incríveis perdem a conexão e assim a vida vai parecendo um pouco mais vazia e menos fantasiosa. Aí sim você começa a reconstruir ou descobrir quem verdadeiramente você é, pois é esse mesmo vazio que te proporciona ouvir sua própria voz. No começo ela vai soar estranha, mas se você fizer silêncio e verdadeiramente se render a uma conversa com ela, deixando-a te guiar, ao invés de tentar preencher esses espaços, você poderá renascer de uma forma surpreendente.

A noite escura da alma e São João da Cruz

Existe uma fase da jornada em que nos engole quase que sem piedade. Essa fase foi muito bem explorada e rendeu um livro escrito pelo doutor da igreja, padroeiro dos místicos e poetas, São João da Cruz, canonizado no ano de 1726.

Em uma de suas frases São João da Cruz escreveu: Se queres chegar à posse de Cristo, jamais O procures sem a cruz. Sem deixar esse texto tão evangélico, afinal o nosso foco é ilustrar esse processo no tarot, a questão que São João nos apresenta é que não há paz interior nem renascimento, sem antes passarmos pelo sofrimento e isso tentamos evitar a todo custo, sem saber que esse choro, no final vale ouro.

A alquimia do Arcano Maior O Pendurado

A alquimia é a química da Idade Média e a preciosidade dos ocultistas para a transformação pessoal. Naquela época sombria da humanidade o objetivo de sua utilização era encontrar o remédio de todos os males físicos e morais. Em seu processo os materiais utilizados, passam por diversos estágios até chegar ao seu estado final, o mais puro possível. Aplicando isso a nós humanos, um estado menos influenciável diante das pancadas que nosso processo de desenvolvimento pessoal nos traz. Uma dessas fases é conhecida como incineração ou calcinação, é a queima para levar ao estado de cinzas, que logo após será transformado, dando continuação ao processo e se consolidando com pureza.

O arcano maior O Pendurado, equivale a representação desse processo de Calcinação na Alquimia, que sem dúvida é desconfortável, mas só nos resta paciência, até que ele se dissolva por completo já que estamos em busca do nosso desenvolvimento pessoal. Na ilustração deste arcano do tarot, vemos uma pessoa de cabeça para baixo, pendurada e amarrada em um tronco. Na alquimia pessoal O Pendurado é o símbolo do sacrifício do ego, quando chegamos no estágio de não nos identificar mais com as coisas de antes, assombrados pela apatia e pelo vazio estamos exatamente na noite escura da alma e o pior erro será correr para preencher esse vazio. O Pendurado perde as suas posses, seu ouro, sua autoestima e sua autoimagem.

Dicas do Arcano Maior O Pendurado, para atravessar a Noite escura da Alma.

Não adianta tentarmos lutar contra, quando essa fase se inicia não há volta. No trabalho interno que se faz necessário, será preciso depurar nossas motivações e emoções, evitando assim o prolongamento da miserável condição que nos leva para a indiferença e para o vazio. O arcano maior O Pendurado nos traz as seguintes dicas para lidar com isso:

1 - Resignação: Adotar uma postura de entrega a esse momento é indispensável para ouvir sua voz interior e identificar o que vem te cansando e roubando a sua energia, pode ser um hábito, coisas materiais, pessoas e até mesmo um estilo, desde suas roupas ou ainda a própria rotina.

2 - Sacrifício: Pode parecer um tanto pesado, mas sem essa postura você dificilmente vai conseguir concluir esse processo de calcinação. Isso porque o Sacrifício te ajudará a diferenciar o que é a impotência e o que é apatia. Evitar essa postura só fará você cair em um eterno looping, promovendo adaptações que na verdade não são mudanças, apenas maneiras de preencher o vazio com coisas já conhecidas. Sacrificar momentos de alegrias curtas e distrações a favor do seu próprio crescimento te fará mais forte.

Dicas do Arcano Maior O Pendurado

3 - Imponha alguns desconfortos ao seu próprio cérebro fazendo mudanças estratégicas. Isso te ajudará a reconhecer seus mecanismos de fuga e a evitá-los também. Esse processo também é conhecido como resgate da amígdala, você não mais agirá de maneira automática já que isso ameaça a sua estabilidade emocional, você usará seus lóbulos frontais para gerar uma nova realidade.

4 - Mesmo que esse estágio seja muito parecido com a ideia de limbo, evite cair na comiseração ou vitimismo, use esses momentos de resignação e sacrifício com consciência, buscando estruturar uma imagem clara do seu eu transformado. A chave é você condicionar o seu cérebro a essa nova imagem, se cercando pouco a pouco de pequenas situações, hábitos, coisas e lugares que o seu novo eu deseja.

5 - Definir prazos: Colocar um tempo para as coisas é dar limites. Ao contrário do que muitos pensam, eles são extremamente importantes, pois são eles que nos asseguram de uma vida menos caótica.

Que o Autoamor nos guie e que a fé nos acompanhe!       

Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.

João Bidu
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