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Amor e paixão pedem atitudes firmes e decididas

22 nov 2016 - 15h01
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Amor e paixão são forças duplas, irmanadas, que atravessam nossas vidas nas mais variadas situações e pedem atitudes (e decisões) rápidas e firmes.

Quando eles se apresentam, em dobradinha ou singularmente, deixar para depois é equívoco, causa de maiores prejuízos. Não podem roubar o presente com a promessa de futuro, não podem arrebatar os dias que passam (reais) com o oferecimento de dias únicos (fantasiosos), não podem impedir, travando pela expectativa, o fluido curso do viver.

O amor ou a paixão devem harmonizar e compor a sua vida. Qualquer outra coisa, algo diferente, não serve, não.
O amor ou a paixão devem harmonizar e compor a sua vida. Qualquer outra coisa, algo diferente, não serve, não.
Foto: AleksandarNakic / iStock

Quando mergulhamos nessa situação de exceção – apaixonados, amando ou tudo junto –, não podemos comprometer tanto do nosso eu que percamos a capacidade de sermos senhores de nós mesmos. Ou seja, é preciso atenção para que nada (nem ninguém) esteja acima da nossa liberdade.

Nos momentos de abalo afetivo, quando o perigo de ser pego por uma armadilha (do afeto, da emoção) aumenta, cresce também a possibilidade de ultrapassar – com atitudes firmes e decididas – os estreitos limites dos nossos medos, das nossas solidões e de nossas fraquezas humanas.

A grandeza da alma está em compreender que a paz e a felicidade são geradas por nós mesmos, sem depender de forças externas. Infelizmente a paixão e o amor costumam estar em companhia de delicado efeito: deixam-nos mais propensos a reagir sem pensar. Nessas circunstância, é fundamental impedir que a consciência acabe soterrada: a atenção deve ser plena, devemos posicionar bem direitinho o quanto gostamos de nós mesmos.

Quando meus clientes apontam os sintomas dos afetos desmedidos, vou correndo abrir o armarinho dos viáticos espirituais. Quero abrandar o sofrimento: insaciabilidade, incapacidade de estar presente, pensamento repetitivo, inquietação e tendência à preocupação. A flecha de Cupido, marota, quando acerta, desorganiza qualquer personalidade.

Como fazer para desatar o nó e o laço? Soltar as amarras que algemam? Não permita em hipótese nenhuma que os afetos (de amor, paixão ou coligados) se tornem inimigos, que a vastidão se torne ralas gotas de uma chuva passageira.

Olha para o que está por vir apoiado na certeza inabalável de não penhorar, de maneira alguma, as porções estratégicas para a saúde de identidade e sobrevivência do Eu. O amor ou a paixão devem harmonizar e compor a sua vida. Qualquer outra coisa, algo diferente, não serve, não. Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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