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Amores não vividos e Mercúrio Retrógrado, segundo o tarot esse período pode ser uma grande brecha

Amores não vividos podem ganhar mais nostalgia durante o Mercúrio Retrógrado. Veja a mensagem do taror para o momento

9 ago 2024 - 12h01
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Não se engane! Esse texto não se refere aos "amores" da semana passada ou de duas semanas atrás. Vamos falar sobre amores que atravessam o tempo, os meses, as convenções sociais, os novos namoros, casamentos, filhos. Mas que não se realizaram e também não foram abafados pelos resultados da sequência de escolhas que a vida adulta nos implica. Tanto pelas perdas figurativas ou ainda as perdas reais. Talvez você já saiba que essa situação pode ser uma brecha para muitas desordens emocionais e que nos momentos de tempestades o melhor a se fazer é fechar bem as portas e as janelas. Contudo, essa mesma situação pode ser uma brecha para o seu processo de autoconhecimento. Vamos olhar para amores não vividos nesse exato momento, através de algumas cartas do tarot?

Veja o que o tarot tem a dizer sobre o período de Mercúrio Retrógrado
Veja o que o tarot tem a dizer sobre o período de Mercúrio Retrógrado
Foto: Shutterstock / João Bidu

Amores não vividos: o grande amor de Emile Brontë

Para começar a falar sobre um amor não vivido, vamos citar a clássica obra de 1847, O morro dos ventos uivantes. Hoje após estudos da era pós-colonialismo e comentários da própria autora, sabemos que essa história já começa extremamente acida quando uma criança marcada pela escravidão, fome e desamparo encontra uma bendita alma que o adota. Com esse toque de esperança a vida de Catherine é impactada com a chegada de Heathcliff.

Entre suas grandiosas diferenças, a complexa proximidade e as fases do crescimento, vai nascendo um ódio e um amor. Seria possível o amor vencer? Catherine, se casa por conveniência, mesmo amando Heathcliff, que vai embora para tentar fazer a vida. Não se sabe como, mas depois de algum tempo ele retorna para a cidade em condições de riqueza e jurando vingança pelos sofrimentos impostos a ele. No entanto, o tempo já estava dando seu aval, Catherine estava doente e não demorou muito para vir à óbito. Mas a história não acaba por aí, na verdade muita coisa estranha começa a acontecer e vamos conhecimento um pouco mais daquele garoto que continuou ferido nos becos da cidade e nos escombros de sua própria consciência.

Entre ajustes, limites e diferenças

Uma das bases de qualquer relação saudável é a dinâmica de troca, que se sustenta pelo sistema de compensação. Quando essa dinâmica termina ou é quebrada e ferida na relação, um dos lados inevitavelmente se sentirá sobrecarregado. Além disso, uma outra base é a disposição para o aprimoramento pessoal. Em qualquer relação sempre haverá um que a princípio puxe o outro para o desconhecido e o tire da zona de conforto. Diante disso toda paciência, respeito e equilíbrio são necessários, pois cada um tem o seu próprio tempo e qualquer movimento que venha ferir essa estrutura pode ser determinante para um resultado indesejado. Dificilmente uma relação se sustenta quando ambas as pessoas não se esforçam para caminharem juntas e também crescerem individualmente. Afinal, outro pilar que ajuda na manutenção do amor é a admiração, que deixa ainda mais claro quais são os motivos dos nossos sentimentos.

Um peso muito significativo que pode causar a impossibilidade de uma história de amor, são as diferenças, sejam elas socioculturais, materiais, como no próprio conto o morro dos ventos uivantes ou ainda dos ideais e valores pessoais que cada um possui. É nessa questão que passamos a entender a importância dos limites, para evitar pesos e sofrimentos. É fundamental que tanto a nível íntimo e pessoal, quanto a nível externo, acordos sejam estabelecidos para manter uma relação saudável. Entretanto, para que isso aconteça nós precisamos de uma autoimagem forte e capacitadora de nós mesmos. Uma imagem que nos preserve de erros irreversíveis e de profundos desgostos para o nosso próprio futuro.

Amores não vividos: Mercúrio Retrógrado e as cartas do tarot

Sem uma postura racional sobre todos os pontos anteriores, facilmente viramos marionetes de nossas emoções. Sedentos por atender os desejos mergulhamos de cabeça em piscinas rasas, a essa altura você sabe que não estamos falando de piscinas, não é? Quando falamos sobre racionalidade estamos entrando no mundo de Mercúrio e sempre que ele entra em uma fase de retrogradação, tal como agora, ficando até o dia 28/08, é comum que pessoas e assuntos do passado reapareçam, para nos indicar e alertar qual é o grau de saudosismo em que nos encontramos, inconscientemente paralisando a nossa própria vida.

No tarot esse caminho dual é ilustrado pelos arcanos Os Enamorados e O Diabo. Enquanto o primeiro arcano do tarot representa os poderes de Mercúrio, nos remetendo ao livre-arbítrio e a escolha que internamente já tomamos, mas que ainda se esconde e se apequena paralisada em algum lugar do nosso, em razão das constantes argumentações que insistimos em fazer, a fim de tentar brotar do peito uma chispa de coragem e atitude, dando vazão à sua potência e indo para vida. O segundo arcano, O Diabo, representa a fome de prazer do nosso ego, a vontade de sair dessa dicotomia feliz, satisfazendo nossas vontades a todo custo.

Ele que nos faz não se importar com as perdas, inclusive dos próprios valores sociais, morais ou ainda com as pessoas que nos cercam. É ele quem reforça as rachaduras da nossa autoimagem, dando espaço para a culpa que sempre se reforça após a quarta taça de vinho tinto. Toda aquela energia reprimida de uma escolha racional, feita com o arcano Os Enamorados, agora se vira contra nós, consumindo o restante de consciência. E depois do momento de prazer atendido, deixa ainda mais claro que tem algo de muito errado acontecendo dentro da gente.

Reparando a autoimagem e o Pajem de bastão.

Talvez você já tenha escutado de alguém no momento de sofrimento: "- Queria que você pudesse se ver como eu te vejo, uma pessoa forte, decidida e capaz". Mas se você ainda não escutou, agora você está lendo! A visão que temos de nós mesmos define todas as nossas ações e resultados, e dificilmente ela não começa a ser "pré-fabricada" desde a infância. No tarot a nossa relação com o nosso mundo interior é indicada pelo naipe de bastão, é ele quem aponta o equilíbrio entre o eu e o nós, entre você e os outros e tudo começa pelo Pajem, a criança.

Ele carrega a semente da honestidade nos ideais, devoção e dedicação para a vida. Além de sinceridade e integridade, pilares extremamente importantes para a reconstrução de uma autoimagem capacitadora, direcioná-lo dentro de nós é fundamental. No conto mencionado, Nelly Dean uma simples criada em algum momento advertiu Heathcliff, sedento pela fome de ver atendido os seus caprichos e prazeres: "gente orgulhosa forja tristeza com as próprias mãos", e isso também fica claro quando nós não aceitamos se retratar com a vida.

Que o autoamor nos guie e que a fé nos acompanhe!

Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.

João Bidu
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