As mudanças devem começar em nós
Caminhamos na direção de uma Nova Era, regida por Urano, os tempos de Aquário; novos modelos e crenças começam a se desenhar coletivamente
Vivemos tempos de mudanças importantes e a cada ano que passa, percebemos que esse tempo está cada vez mais acelerado e transformador. Ansiedade e depressão passam a fazer parte do cotidiano da maioria de nós, como se fosse algo natural, que faz parte de nossa natureza. Percebemos, especialmente por acontecimentos coletivos, que há algo no astral que nos pede mudanças mais efetivas e muitos de nós estamos em um momento de avaliarmos nossas crenças e valores aprendidos. Caminhamos na direção de uma Nova Era, regida por Urano, os tempos de Aquário. Novos modelos e crenças começam a se desenhar coletivamente.
É um momento de riqueza ímpar, em que devemos entrar numa espécie de túnel do tempo e fazer uma viagem por nossas vidas, pararmos para refletir o que temos feito dela, de que forma estamos inseridos nela. Muitos mitos devem ser derrubados, como o da felicidade, por exemplo. Nossa tranquilidade e conforto emocional, quase sempre são adiados; deixamos de viver o aqui e agora, o momento presente, preocupados com o futuro e ansiosos pelos passos que devemos dar até ele. Ou estamos presos em acontecimentos difíceis que enfrentamos no passado, adiando, mais uma vez, a consciência do momento presente, do bem estar e equilíbrio que podemos obter agora.
Se você fizer um balanço do que tem sido seus dias, o que você encontra além de muito trabalho e responsabilidades? Você encontra, em sua rotina, sentimentos de paz e tranquilidade? Tem conseguido atingir objetivos que estejam além das metas de crescimento no trabalho? Quantas vezes no dia você se lembra de respirar profundamente, na certeza de que o Universo está ao seu lado e que você está inserido em um enorme contexto? Quantas vezes por dia você se lembra que só você pode construir aquilo que chamam de felicidade? No momento presente está a semente do seu futuro, assim como seu momento presente é o resultado de sua maneira de levar a vida, no passado. Você constrói, a cada dia, sua própria vida, portanto, as escolhas e decisões de hoje, vão refletir em sua tranquilidade ou não no futuro.
Se você pretende ter uma vida de paz e tranquilidade, comece agora a construir, através de algumas escolhas e mudança de hábitos nocivos a construção de uma vida interiormente equilibrada e pacífica.
A primeira coisa que você deve estar atento é ao vício do sofrimento. Nossa cultura judaico cristã, tem como base o sofrimento e a culpa. A promessa “do Reino de Deus” está no tanto de sofrimento que você consegue suportar, de preferência, sem reclamar. Muitas linhas esotéricas, ao invés de mostrar caminhos mais saudáveis, apenas afirmam ainda mais os conceitos de culpa, pecado e sofrimento, não deixando claro, mas dando a entender, que é dessa maneira que conquistaremos o olhar caridoso e compassivo de Deus.
Sempre que posso, falo da importância de não dependermos de intermediários para contatar o que há de Sagrado dentro e fora de nós, essa energia que chamo de “Espírito no centro da consciência”, que considero ser Deus. Não há um Deus com uma varinha nas mãos para nos castigar se agirmos desta ou daquela forma. O que há, é a consciência, que nos faz agir de acordo com nossos valores.
Sofrer menos por coisas sem importância, é um grande passo que você dá na direção da paz. Existe um provérbio tibetano que define bem o que quero dizer: “Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar; Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão.
Não estou aconselhando a indiferença e a irresponsabilidade diante dos problemas, mas que você tente uma nova maneira de enfrentá-los. Na maioria das vezes, quando temos um problema, especialmente aqueles acontecimentos que não contamos, perdemos nossa capacidade de pensar e agimos impulsivamente, sem prévia reflexão. Quando o problema surgir, devemos olhar para ele conscientemente e buscar algumas soluções racionalmente.
As reações impulsivas e o excesso de emocionalismo em situações mais difíceis, funcionam como o vício; para mudarmos essa maneira de funcionar, devemos respirar fundo, refletir, meditar e procurar guiar-se pela razão para tomar a decisão mais adequada. As emoções têm seu lugar em nossas vidas; em meio a dificuldades, é a razão que deve tomar a dianteira de nossas ações. Dessa maneira, começamos, passo a passo, construir uma nova maneira de reagir diante das dificuldades e, certamente, deixamos para trás o vício do sofrimento.