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Eclipses: prepare-se para uma etapa de trabalho e mudanças!

2 jul 2019 - 09h00
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Neste 02 de Julho, começamos uma nova etapa em nossas vidas, marcada pela presença de mais um eclipse, o terceiro do ano, que chega com força aos 10 graus de Câncer e vai movimentar nossas vidas nos próximos meses. 

Sequência de eclipse lunar
Sequência de eclipse lunar
Foto: iStock

Logo no início deste ano, no dia 05 de Janeiro, tivemos o primeiro eclipse e no dia 21, o segundo. O primeiro do dia 05, foi em torno dos 15 graus de Capricórnio, chegou unido a Saturno e Plutão e marcou um semestre bastante difícil para todos nós. O segundo veio marcado pelas mudanças e imprevistos uranianos, que também estiveram presentes neste semestre que termina agora.

É importante entender que um eclipse só ocorre quando a Lua está na fase Nova ou Cheia. Se ele acontecer na fase de Cheia, será um eclipse lunar, porque a Terra estará entre a Lua e o Sol. E, se acontecer um eclipse quando a Lua estiver na fase Nova, será um eclipse solar, porque a Lua estará entre a Terra e o Sol.

Todos os anos vivenciamos as energias de, pelo menos 4 eclipses, dois solares e dois lunares e neste ano, 2019, teremos 5. Tivemos dois em Janeiro, agora teremos dois em Julho, nos dias 02 e 16, e o último será em Dezembro.

Eclipses são fenômenos que, querendo ou não, nos empurram para mudanças. Algumas pessoas não gostam de mudanças, especialmente as que possuem Sol, Ascendente ou Lua em Touro, Escorpião, Leão e/ou Aquário, que são signos fixos.

Às vezes as mudanças são dolorosas mesmo, com perdas de pessoas, empregos, dinheiro, saúde, enfim, às vezes, infelizmente, a vida não é nada generosa com a gente. E traz dor. Mas muitas vezes elas são surpreendentemente boas, cheias de novidades e esperança de um novo ciclo de vida, construído com algum trabalho e muitas recompensas. 

Em tempos de eclipses, precisamos exercitar aquilo que, no budismo, é chamado de desapego. Mas não confundam desapego com falta de amor e cuidado. É hora de começar a exercitar o deixar ir, deixar fluir, o laissez faire; adquirir certo distanciamento emocional do que está por vir, como se fôssemos observadores das nossas próprias vidas. 

Falo em distanciamento emocional, porque se nos deixarmos levar pelas emoções em tempos de eclipses, não vamos conseguir deixar a vida acontecer naturalmente, pois nossos medos são desencadeados em processos emocionais mais profundos. O medo é importantíssimo quando existe algum controle sobre ele, mas pode ser muito danoso quando nos deixamos dominar por ele. Quando isso acontece, podemos paralisar e perdemos a capacidade de discernimento e discriminação, importantíssima para fazermos escolhas quando a vida começa a mudar. 

Eclipses sempre trazem acontecimentos marcantes, nunca trazem mudanças suaves, que vamos esquecer em pouco tempo. Elas marcam a finalização de um ciclo de vida e começo de outro, através de mudanças.

Normalmente, sentimos os sinais dessas mudanças, muito antes do dia exato dos eclipses acontecerem, algumas semanas normalmente e seguem por pelo menos seis meses, em alguns casos até dois anos. 

É sempre bom estarmos atentos aos sinais que eles dão pra gente e devemos abrirmos mão do controle que, na maioria das vezes, é o que nos causa sofrimento — lembrem-se sempre do "deixar fluir e seguir o fluxo". Deixar a vida acontecer prestando atenção aos sinais e observar para onde estamos sendo levados é um trunfo que a gente tem nas mãos em tempos de eclipses — quanto mais consciência, menos sofrimento.

Em tempos de eclipses, é importante nos mantermos serenos e abertos às mudanças, por mais dolorosas que elas possam parecer.

As mudanças acontecem, a gente querendo ou não e devemos, sim, colocar os remos do barco dentro dele e deixar que a vida nos leve aonde precisamos chegar. É claro que devemos fazer nossa parte do trabalho, mas o comando dessa viagem não estará em nossas mãos. 

Saturno e Plutão são dois planetas de destino e de carma e, na grande maioria das vezes, nossa vontade fica em segundo plano, pelo menos até entendermos que elas são necessárias. Os acontecimentos que eles promovem em nossas vidas com seus movimentos, são, na verdade, necessários e fazem parte do nosso caminho evolutivo. Portanto, em tempos de eclipses a resignação é nossa maior aliada. Mas não vamos confundir resignação com submissão. Devemos fazer a nossa parte conscientemente, nesse processo.

É claro que os eclipses vão impactar de forma diferente a vida de cada um de nós, no entanto, quem tem Sol, ascendente, Lua ou qualquer planeta em Câncer, Capricórnio, Áries e Libra, mais precisamente entre os 5 e 15 graus desses signos, vai sentir com mais força as mudanças prometidas.

Não temos outra saída, a não ser deixar a vida nos levar para mais uma etapa, torcendo para que ela seja generosa com todos nós. 

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Fonte: Eunice Ferrari
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