Ciclos planetários e as mudanças de perspectiva na carreira
Saiba como os ciclos planetários influenciam as mudanças relacionadas a carreira
A ideia de ciclos planetários, sob o ponto de vista pessoal, se refere ao trânsito dos planetas no céu em relação ao nosso Mapa Natal. De tempos em tempos, de acordo com o tempo que cada planeta leva para completar seu ciclo, cada um deles forma ângulos em relação a posição em que estavam na data do nosso nascimento sinalizando importantes marcos em nossa vida pessoal e profissional.
Os quatro principais marcos considerados nesse ciclo são:
• a conjunção ou o ângulo zero, que marca o início do ciclo;
• a primeira quadratura ou o primeiro ângulo de 90 graus, que marca um período de ajustes do que foi iniciado para que possamos expandir;
• a oposição ou ângulo de 180 graus, marca o momento em que o que iniciamos na conjunção fica totalmente exposto, é o momento de ápice do ciclo;
• e a segunda quadratura ou o segundo ângulo de 90 graus, que marca um período de revisão e de eliminação do que não queremos levar para o próximo ciclo.
Coincidentemente a teoria dos setênios, conforme a abordagem da antroposofia, entende que passamos por marcos importantes em nosso desenvolvimento a cada 7 anos, período aproximado entre os principais aspectos formados pelo planeta Saturno na Astrologia.
Para ilustrar os principais desafios de cada uma das etapas, associado ao desenvolvimento da nossa carreira, faço a seguir uma correlação entre a teoria dos setênios e alguns importantes aspectos astrológicos.
Dos 21 aos 28 anos: Aos 21 anos vivenciamos a chamada Crise de Identidade.
Momento em que o indivíduo não tem mais como o foco de seu desenvolvimento somente aprender, mas também lutar pelo seu lugar no mundo e sente uma cobrança por definir como quer conquistar esse espaço. Ainda próximo aos 21 anos, vivenciamos a segunda quadratura de Saturno e primeira quadratura de Urano. Momento em que sentimos de fato essa necessidade de urgência em definirmos o que fazer e em avaliar o que será levado ao próximo ciclo.
Dos 28 aos 35 anos: Aos 28 anos vivenciamos a Crise dos Talentos.
Sentimos a necessidade de agir com disciplina e responsabilidade, pois já não se é mais tão jovem e surge o questionamento de o que eu realmente sei fazer? O que me diferencia dos demais? Começamos a ter a sensação de termos que empenhar maior esforço para obter resultados. Entre os 28 e 30 anos acontece o que chamamos de o primeiro retorno de Saturno, a primeira conjunção de Saturno no céu em relação ao nosso Mapa Natal.
Saturno é um planeta fala sobre assumir responsabilidades, sobre estrutura, por isso nesse momento, sentimos um "chamado" para assumir a responsabilidade de por si mesmo, com suas facilidades e desafios, e as estruturar no mundo. Costuma ser um momento que marca novos inícios como casamento, separação, mudança de emprego, ou nascimento de filhos.
Dos 35 aos 42 anos: Vivenciamos pela primeira vez o dilema entre ter ou ser.
Entre 36 e 37 anos, ocorre a 1ª quadratura de Saturno no segundo ciclo, o que marca uma fase de reavaliações do que foi plantado dos 28 anos até o momento. Estou levando "meu Ser" para o mundo ou ainda estou focado em apenas conquistas do Ter? É o momento de crescer o SER de forma estruturada. Ainda entre os 40 e 42 anos, vivenciamos a oposição de Urano e a primeira quadratura de Netuno, momento em que vêm à tona questões sobre individualidade e liberdade, temos a necessidade liberta o pensar, de entrar em uma fase mais imaginativa em que podemos entrar em contato com quem somos e nos expressar de forma mais livre e autentica.
Dos 42 aos 49 anos: Aos 42 anos vivenciamos a chamada Crise de Autenticidade.
Essa liberdade do pensar associada ao ditado popular "A vida começa aos 40", em que os julgamentos externos perdem força e influência sobre as nossas decisões. Entre 43 e 44 anos ocorre a segunda oposição de Saturno, nesse período o que iniciamos entre os 28 e 30 anos chega ao ápice do ciclo e, se fizermos os ajustes do Ser no período anterior, temos como mostrar nossa identidade, a nossa obra ao mundo, contemplando mais do que o que conquistamos, agregando o que contribuímos com o que somos.
Dos 49 aos 56 anos: Temos o desabrochar da fase inspiradora.
Passamos a ouvir e sentir em um nível mais elevado, desenvolvendo a capacidade de ouvir o que está por trás das palavras das pessoas, que transmitem seus anseios e desejos sem terem consciência disso e temos a tendência a aplicar isso com as pessoas a nossa volta no dia a dia profissional. Entre 50 e 51 anos passamos pela 3ª quadratura de Saturno do segundo ciclo, marcada por um período de colheita de tudo o que plantamos desde os 28 anos. Começa o momento de olhar para a próxima fase, com uma perspectiva de expansão mais inspirativa, espiritual e emocional que material. Já entre os 54 e 56 anos ocorrem aspectos favoráveis de Urano e Netuno, que contribuem para elevar a compreensão sobre um sentido real de liberdade e autonomia. Entramos em um momento em que já não nos privamos de certas coisas e atitudes e passamos a agregar uma visão mais espiritual e humana à vida e às atividades.
Dos 56 aos 63 anos: Entramos em um período em que a teoria dos setênios sinaliza como uma nova missão.
Nesta fase da vida colhemos o que foi plantado nas fases anteriores em termos de um verdadeiro desenvolvimento existencial. Ainda entre os 58 e 60 anos vivenciamos o segundo retorno de Saturno, momento em que temos uma nova chance de assumirmos a responsabilidade de quem somos, agora muito mais maduros e com possibilidade de aprofundar ainda mais a experiência o Eu e de experimentar uma nova liberdade existencial.
Portanto, é comum nessa idade iniciar novas carreiras, novos negócios, muitas vezes relacionados a sonhos que já existiam lá pelos 28 anos, mas que por diversos motivos, não puderem ser realizados. Se esse é o seu caso, siga em frente!
Apesar de eu limitar a descrição por aqui, hoje a nossa expectativa de vida está caminhando para vivenciarmos um terceiro retorno de Saturno e, a cada ciclo, temos a oportunidade de estarmos ainda mais conscientes do nosso Ser e aprimorar como o expressamos no mundo.
Os ciclos nos mostram o quanto Ter as coisas, através de uma profissão, é uma parte do processo mas que a construção efetiva, inclusive quando o assunto é carreira, está no processo de desenvolvimento do Ser.
Texto: Vanessa da Rocha | @vanessadarocha.astrologia