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Dia de Omolu e Obaluaiê: aprenda sobre fins e recomeços com os Orixás de Agosto

Aprenda mais sobre as energias de vida e morte

16 ago 2024 - 12h25
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"Meu Pai Oxalá é o Rei, venha me valer, meu Pai Oxalá é o Rei, venha me valer, o velho Omolu, Atotô Obaluaiê…". A vida e a morte são verdadeiras realidades, complementando-se em um ciclo contínuo de transformação. Na cosmologia afro-brasileira, Omolu e Obaluaiê personificam essa dualidade, simbolizando tanto o término quanto a transmutação. Esses orixás, além de senhores da vida e da morte, são poderosos curadores, regendo as forças da saúde e da doença.

Hoje (16), é Dia de Omolu e Obaluaiê
Hoje (16), é Dia de Omolu e Obaluaiê
Foto: Shutterstock / João Bidu

Regência de Omolu e Obaluaiê

Omolu, associado à terra e às doenças, traz o poder de transformação por meio do sofrimento. Ele nos confronta com nossas dores, físicas e emocionais, para podermos enfrentá-las e, através delas, encontrar a cura. Obaluaiê, conhecido como o senhor da cura, possui o poder de renovar e restaurar a saúde. Juntos, eles mostram que a cura é um processo que passa pela aceitação das adversidades, onde a saúde resulta do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

Como expressa o professor e escritor, Luiz Antonio Simas, "a vida é um processo de encantamento constante, onde a morte não é um fim, mas um portal para novas formas de existência e significado. O ato de "encantar a vida" implica em reconhecer o valor que emerge dos momentos de transição e ruptura".

A transformação simbólica no tarot e no Baralho Cigano

O simbolismo dos orixás Omolu e Obaluaiê encontra ressonância nas cartas do Tarot e do Baralho Cigano, que também abordam temas de morte, transformação e renascimento. No Tarot, o arcano da Morte ensina sobre a inevitabilidade das mudanças e a necessidade de abrir mão do que não serve mais, permitindo que o novo surja. Essa carta, longe de representar um fim literal, simboliza o ciclo de morte e renascimento que permeia toda a vida.

No Baralho Cigano, a carta da Foice é um convite para cortar laços, finalizar ciclos e permitir que o futuro desabroche. Assim como Omolu e Obaluaiê nos guiam pela trilha da vida e da morte, essas cartas nos ensinam a importância de aceitar as transformações como parte essencial do nosso crescimento e parte do processo evolutivo.

O sincretismo com os santos católicos

Omolu e Obaluaiê foram sincretizados com São Lázaro e São Roque, respectivamente. São Lázaro, padroeiro dos doentes, reflete a energia de Omolu, enquanto São Roque, protetor contra a peste, está associado a Obaluaiê. Esse sincretismo permitiu que as tradições afro-brasileiras fossem preservadas, criando uma fusão entre culturas que ainda hoje é respeitada.

Conexão com Omolu e Obaluaiê para cura

É importante lembrar que, ao enfrentar dificuldades emocionais ou problemas de saúde, deve-se sempre buscar auxílio de um profissional de saúde. Porém, para aqueles que têm fé e acreditam que o campo religioso pode ser um complemento, e desejam se conectar espiritualmente com Omolu e Obaluaiê, é possível acender uma vela roxa para Omolu e uma vela violeta para Obaluaiê, pedindo com fé para receber suas bênçãos e ajuda na cura. Durante esse momento de oração, é importante oferecer a intenção para o bem, visualizando a restauração da saúde em todos os níveis—físico, emocional e espiritual. Lembre-se de que a fé, a intenção sincera e a abertura para as energias curadoras desses orixás são elementos essenciais e as maiores ferramentas.

Morte como essência

A espiritualidade afro-brasileira oferece um entendimento profundo da existência, onde a morte é vista como parte essencial do ciclo vital. Omolu e Obaluaiê nos lembram que cada término traz consigo um novo começo. "Encantar a vida" é celebrar tanto os começos quanto os fins, que conduzem à renovação e à continuidade da nossa jornada espiritual. Ao reconhecer a morte como parte natural da vida, nos conectamos com uma visão mais ampla da existência, onde cada ciclo é um convite para crescer e se transformar.

Cortes necessários para um novo caminho

Os cortes e rompimentos de Omolu nos levam aos mistérios de Obaluaiê, ajudando-nos a transmutar e ressignificar nossas experiências. A dor e o medo são inevitáveis, mas ao ver as flores e as borboletas, entendemos que todo fim é um novo começo. E assim seguimos, guiados pela sabedoria ancestral de Omolu e Obaluaiê, encantando a vida em todas as suas encruzilhadas.

João Bidu
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