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Dia de Oxum: conheça mais sobre a história e a energia da orixá do amor

Oxum é uma das principais e mais adoradas divindades das religiões de matriz africana. Conheça mais sobre sua história

12 out 2024 - 08h01
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Trazidos da África pelo povo yorubá, os orixás são forças da natureza capazes de moldar o destino. Ao chegar no Brasil, cada orixá foi associado a um santo da igreja católica. Esse sincretismo religioso foi necessário devido à intolerância à religião afro na época, pois o culto aos orixás era extremamente proibido, principalmente na época da escravidão. 

Neste 12 de Outubro, conheça a história da Orixá
Neste 12 de Outubro, conheça a história da Orixá
Foto: Shutterstock / João Bidu

Dia de Oxum

Esse culto é vasto, chegando a mais de 200 divindades. Já no Brasil, é dedicado entre 9 a 30 orixás, dependendo da tradição de cada casa. Entre os orixás mais reverenciados estão: Exu, Ogum, Iemanjá e Oxum. E é importante ressaltar que o culto ao orixá não se destina somente ao candomblé e à umbanda, temos também os templos de quimbanda, ifá entre outros. 

Cada orixá possui características próprias, como oferenda, cores, saudação e são reverenciados num período específico do ano. Neste mês de Outubro, se celebra o culto ao orixá Oxum, umas das divindades mais adoradas no iorubá. Oxum representa a grande mãe, senhora da fertilidade, é ela quem gera o fruto da vida e auxilia durante a gravidez. É a deusa da beleza e da vaidade, nos auxiliando a confiar no poder pessoal, sedução e sexualidade.

É a mãe do ouro, da riqueza e da prosperidade. Sendo assim, a ela pedimos a abertura de caminhos, reconhecimento e evolução financeira. A mãe do amor e da doçura, capaz de auxiliar na união de casais e afastar traumas emocionais. É conhecida como a Senhora da magia e da feitiçaria, capaz de expandir o poder mágico em seus adeptos. Seus filhos são vaidosos, elegantes e charmosos, e, além disso, possuem doçura no olhar, são afetivos e sinceros. São trabalhadores, dedicados e ótimos líderes.

Oxum é definida como uma linda mulher negra, de seios fartos, adornada de idés (braceletes) de ouro. Seu rosto é coberto por um filá (uma coroa com fios de conta dourado) onde guarda os mistérios de sua grande beleza. Em sua mão direita, o abebé (abano com espelho em ouro) e na outra mão o alfange (adaga). Sua vestimenta é dourada e branca e suas ferramentas podem mudar dependendo da tradição. 

Mais algumas curiosidades

Seu dia da semana é o Sábado, sua cor é o dourado e a sua saudação é Òóré Yéyé ó! (Significado: bondosa e graciosa Mãe). Sua vela é amarela, sua oferenda é Omolocum (feijão-fradinho cozido com camarões, dendê e ovos), também melão, quindim e mel. Sua bebida: vinho branco, água de coco e champanhe, seu metal é o âmbar, coral, ouro e prata. O sincretismo é feito com Nossa senhora Aparecida, seu Elemento é a Água, possui domínio: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas) e suas flores são rosas-amarelas, lírios, margaridas e flor-de-maio.

Lendas e histórias

Dentro da tradição iorubá existem diversos itans (lendas) sobre Oxum. Uma delas nos conta que após a criação do Àiyé (terra,  foi convocada uma assembleia entre todos os orixás para definir o destino do mundo. Oxalá decidiu que só os homens deveriam participar e Oxum, muito contrariada, decidiu que, a partir daquele momento, deixaria de derramar suas águas doces sobre o Àiyé. Por isso, tudo se tornou infértil, havia grande seca, fome e as mulheres não podiam gerar filhos. 

Assim, os Orixás masculinos voltaram a se reunir para consultar Olodumaré sobre o que estaria acontecendo no Àiyé. Olodumaré questionou, então, se Oxum, que é a própria fertilidade, havia sido convidada a participar das decisões acerca do mundo que agora sofria com as secas. Contudo, todos responderam que Oxum não fora convidada. Olodumaré diz então que sem Oxum não há vida. Em súplica, os orixás convidaram Oxum a retornar a terra, trazendo de volta com ela toda a vida da humanidade. 

Banho de Oxum para prosperidade e amor

Primeiramente, em um sábado, acenda uma vela palito amarela e reze a Oxum pedindo bênçãos. Em seguida, coloque um litro de água para ferver e, após a fervura, desligue o fogo e coloque as seguintes ervas secas na água: rosas brancas, calêndula e erva-doce. Depois, adicione uma colher de mel puro (opcional, pois nem todos os orixás aceitam o uso do mel em banhos). Então, tampe a panela e deixe descansar por 20 minutos. Após isso, coe o banho e jogue da cabeça aos pés. Descarte o restante das ervas no pé de uma grande árvore ou jardim.

João Bidu
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