Adágios para enriquecer espiritualmente
Esoterismo. Venho nessa dança há tantos anos. Entre saltos e rodopios, os desafios não deixam de se renovar. Encontrei tantas transformações: do místico, da fé, do espiritual. Tantas dinâmicas da alma, do humano e do ser.
O que aprendi? Respeito ao sentido indicado por Krishnamurti – “a revolução fundamental é revolucionar-se” – e uma dezena de posições fundamentais para mim, adágios de sabor poético que recordo com frequência e, hoje, gostaria de repartir com meus queridos leitores:
Primeiro: aceite serenamente a rigidez dos limites. Com coragem e amor, como se eles não existissem, trabalhe sem concessão, lute sem trégua, mova-se para não se deixar engolir pelo caos.
Segundo: Localize, por baixo da aparência, a verdade da essência. Busque, em profundidade, unir-se a ela. Comungue encantadamente, no apelo do silêncio e do invisível, com o sexto sentido.
Terceiro: Avalie as criaturas humanas não como amontoado de barro mole, conjunto de sonhos diáfanos. Respeite cada uma em sua singularidade, interioridade na qual turbilhonam as mais surpreendentes forças do Universo.
Quarto: Abrace o amor, a mais alta virtude, luz intrépida que esfacela as trevas. Graças a ele, força e desejo se equilibram, a flor do esforço desemboca na fruta doce do resultado.
Sexto: Afaste as tentações vazias do conforto, do materialismo, do mundano, de tanta presença mesquinha e grosseira. Grande equívoco é a satisfação. A liberdade está atrelada às coisas superiores.
Sétimo: Trilhe o caminho de subida, o mais escarpado. Tome e segue com passo firme, não esmoreça diante de obstáculos e dificuldades. Cada impulso para avançar, na redobrada ousadia da ascensão, desatole as angústias de nosso ser.
Oitavo: Encontre na disciplina e na responsabilidade as aberturas de salvação. Delas nascem as oportunidades, aquilo que renova e enriquece. Limite o ilimitado traçando no giz da harmonia as fronteiras do círculo da causalidade.
Nono: Cale temores, fraquezas, questionamentos inúteis. O bom combate não necessita de justificativas. Trave, na mordaça e no torniquete da ação, medos e indecisões.
Décimo: Dê adeus a tudo e todo instante. Diga a cada evento do mundo: “nunca mais!”. Mesmo respingada de lágrimas, não avalie tua existência insignificante ou fugaz.
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