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Afastar-se pode ser a solução de problemas, diz vidente

2 jun 2014 - 11h22
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Foto: Getty Images

Um equívoco bastante comum é ficar amarrado às coisas, com dolorosa insistência. É triste quando as pessoas se agarram, desesperadas, a alguns acontecimentos e, muitas vezes, perdem, exatamente por esse motivo, clareza, discernimento e possibilidade de correção. Mais do que se supõe, esse movimento de repetição e insistência tola acontece com bastante frequência e cobra altas taxas simbólicas ou práticas.

É estranho e paradoxal: quando mais sóbrio e inteligente seria manter alguns graus de separação, exatamente aí é que costumamos avaliar erroneamente e não consegui-lo. Certas situações pedem distância. Quando a temperatura sobe é preciso manter espaço seguro entre você e a fonte de calor, mas, costumeiramente, ao invés disso, optamos por uma maior aproximação, com consequências muitas vezes desagradáveis e até mesmo infelizes para nós mesmos e todos os possíveis envolvidos.

Muitas vezes — com uma frequência bem maior do que aquela que eu gostaria, aliás —, na minha prática com vidência, ouço relatos que se assemelham: meu cliente percebe — mais ou menos claramente, mas percebe sim! — que está diante de um desafio que “não vai dar certo”, “caso perdido”. A única saída inteligente é o afastamento, um posterior balanço de perdas e danos que leve em conta tudo que se conseguiu evitar de pior. Porém, uma irracionalidade (um destino cármico muito forte!) entra em cena e faz com que se insista num desejo de permanecer, que acaba normalmente revertendo em prejuízos bem mais comprometedores.

Recentemente um cliente insistia em resolver, de qualquer maneira, uma questão menor, mesmo entendendo que essa comprometeria outra, cem vezes mais importante e significativa. Pois é, o coração humano e suas cavernas. Intolerância infantilizada, insistência burra, repetições birrentas — essas coisas agregam pouco ao trajeto de evolução espiritual.

Você pode estar se perguntando: o que agrega? É simples. Afastar-se. Abrir uma fresta, uma brecha, permitir que as coisas se arejem. É como a janela que deixa passar o sol radiante da manhã. Esse distanciamento serve para contemplar o quadro em sua totalidade, é aquele passo de recuo (estratégico) que permite formar todo o panorama, abarcar integralmente a situação. Essa possibilidade se apresenta, muitas e muitas vezes, como a mais lúcida e madura: entenda.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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