Carma: elucidar é abrir os olhos
Um dos esclarecimentos que tantos anos de prática como vidente me trouxe é a percepção de que o carma – vivência difícil e inexplicável que tantas vezes ocorre no transcorrer da vida das pessoas –, não apresentando nenhuma realidade lógica, pode cegar a ponto do envolvido não entender absolutamente as situações.
A vítima do carma – e todos nós somos, dia mais, dia menos – parece se lançar em alguma experiência muito complicada que, na maioria das vezes, não mostra seu risco de imediato e coloca o indivíduo naquela condição do antigo e conhecido Jogo da Cabra Cega: com os olhos vendados é preciso se defender dos oponentes que cutucam, puxam o cabelo, espicaçam... Enquanto a vítima segue desamparada.
Muitas pessoas que consultei, ao serem finalmente elucidadas quanto à situação em que se encontram, se espantam e chegam a confessar: “puxa! Mas como eu não vi isso antes?” Isso ocorre porque o carma, iniludível, está, sempre, preso ao inevitável: impossível dele escapar.
Tive certeza disso durante uma consulta em que pude iluminar, explicando detalhadamente para meu ansioso consulente toda a questão da guerra matrimonial em que estava envolvido. Quando terminei, ele se espantou, espontâneo: “como não compreendi tudo isso antes?”
Isso faço com gratidão ao meu Dom: auxilio as pessoas a elucidarem seus carmas – poucas coisas, aprendi, podem ser mais válidas.
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