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Derrota mostra capacidade de resistência, diz vidente

13 jul 2014 - 15h59
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Foto: Victor Moriyama / Getty Images

Vi garotada chorando para valer. Rostos atônitos. Olhos incrédulos. Os gritos de vitória congelaram no fundo da garganta. Um país inteiro em silêncio, uma só tristeza unindo todos os corações brasileiros. A Copa, nossa Copa (agora apenas no sentido de que estamos em casa), perdida. Nada mais a fazer, a não ser enrolar as bandeiras e guardar as camisetas. Os próximos quatro anos? Tempo de realimentar as esperanças e se preparar para o desafio na Rússia. 

Competições, grandes feiras, festivais, procissões, festas populares estão presentes – e sempre tiveram fundamental importância – ao longo de toda a história humana. São aglomerados de anseios, vontades, expectativa, criam uma vibração específica, muito forte no sentido de unir as pessoas e expandir a energia guardada no cotidiano. Assim é desde que o mundo existe. 

A vibração nos estádios, por exemplo, é inquestionável. Ela parte de um objetivo comum, que unifica as pessoas e seus desejos, independente de idade, situação social ou condição financeira. Elimina, por um breve tempo, preconceitos e distâncias, criando um clima de solidariedade e comunhão, irmanando os torcedores. 

Quando nosso time vence há uma onda de energia positiva, as relações se apaziguam, os sorrisos se abrem felizes, famílias e amigos comemoram com uma refeição festiva e, às vezes, até com uma grande festa, o que indica que as vibrações mentais estão harmonizando as relações pessoais. É por essa razão que a vitória de uma equipe (ou mesmo de um competidor individual), em grandes concursos e campeonatos, é tão almejada, tão bem vinda. Uma fonte renovadora da alegria. 

A derrota, por outro lado, deve ser assimilada de maneira contrária, com serena tranquilidade. Oportunidade para lidarmos com o contrafluxo da onda positiva. Cai sobre nós uma força que puxa para baixo, momento de treinarmos nossa capacidade de resistir. Manter a cabeça erguida e a dignidade é o que conta. Como se diz por aí: é na derrota que se pode medir o caráter do competidor.

A energia, como se pode concluir, é o cimento que unifica nossos anseios pessoais num conjunto maior, de grupo. Podemos começar a exercitar seu melhor uso desde já, para estarmos prontos para futuros desafios. Primeiro passo é nos conformarmos, pois, afinal, se não houvesse perdedor, não seria uma disputa.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Marina Gold
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