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"Dores do carma familiar são das mais agudas", diz vidente

18 nov 2015 - 10h43
(atualizado às 16h00)
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Foto: iStock

O desarranjo cármico nas questões de família é causador de grande aflição e sofrimento. No amor, no trabalho, ele é menos intenso e pernicioso porque, em última medida, por mais complicado que seja, se pode confrontar o parceiro ou o chefe, acabar o relacionamento ou pedir demissão. No contexto familiar as coisas são mais travadas. Reza a sabedoria popular: “Família não se escolhe”.

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Para complicar ainda mais, há o fato de, normalmente, a família ser agregadora, protetora de si; o maior manancial de amor, carinho e ajuda que as pessoas dispõem. Os que não comungam dessa experiência corriqueira se sentem, com razão, traídos, solitários, abandonados.

Estremeço ao lidar com esse tipo de conflito. Carmas antigos que se renovam e renovam geram desamparo e dor ao envolver maridos e mulheres, pais e mães, filhos e filhas, irmãos e irmãs, primos e primas; todas as ligações de parentesco, muitas vezes espirrando inclusive sobre avôs e avós.

Do ponto de vista da espiritualidade, as dores do carma familiar são das mais agudas. As investigações revelam machucados antigos, desordens que se estendem há muito tempo, atingem as pessoas que estão encarnadas no presente e podem se prolongar por gerações afora nos desdobramentos do futuro.

As pessoas de sensibilidade elevada – espiritualizados, artistas em geral, exímios exploradores da alma humana (com suas sombras) – reconhecem com facilidade o poder de destruição dos desajustes no terreno familiar. Ele compromete futuros, desmonta esperanças, arrebenta trajetórias e vidas inteiras.

Melhor do que ninguém os grandes romancistas – posso tomar como exemplo, sem a pretensão de indicá-los todos, Balzac, Flaubert, Tolstoi, Proust, Eça de Queiróz, e mesmo o brasileiríssimo Machado de Assis – servem como mestres na descrição apurada do infeliz drama das famílias devastadas pelo carma em desequilíbrio.

Nas obras-primas dos mestres apontados, reina o desentendimento justamente onde deveria estar o respeito, a confiança e o auxílio. O preço é alto e vai, com juros e correções, se tornando ainda mais elevado na medida em que, com a passagem do tempo e o aumento espiral dos ódios, tantos destinos individuais são ceifados num tornado que, girando descontrolado, arrasta vontades, coloca tanta gente na situação absurda de responder por falhas e erros alheios.

Meu trabalho nesses casos é extremamente desafiador. Como um mergulhador, encho os pulmões e desço na funda história pregressa desses carmas, visito o abrigo submarino desses monstros tentaculares gigantes. Apenas ali eles podem ser enfrentados e, com auxílio de guias ecumênicos da mais ardente radiância, na espada da espiritualidade positiva podem finalmente ser derrotados.  

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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