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É inútil tentar entender o carma com a razão, diz vidente

27 out 2013 - 13h47
(atualizado em 28/10/2013 às 08h22)
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Foto: Getty Images

Como descrever o carma? Como aquilo que não dá para entender, não faz sentido, ilógico, irracional. Digo, pelo menos não com os equipamentos de sabedoria com os quais estamos aparelhados nessa existência que levamos por aqui, minúscula possibilidade diante da diversidade e imensidão do cosmo.

Onde se localiza o carmático? Nas coisas ilógicas, no sem explicação, na ausência de nexo. Assim os carmas, muitos – pequenos ou grandes, de natureza aceitativa ou superativa –, são responsáveis diretos pelo nosso trajeto de vida, manipulam nossa existência como a marionete, enredada em fios, está à mercê de algo superior, ainda que discreto, à sombra. 

Costumamos perceber o carma pelas suas interferências, consequências, efeitos que se desdobram de maneira mais ou menos explícita, trazendo convicção sobre seu poder misterioso e força insinuante. Em certas circunstâncias, sem se render completamente, o carma abaixa a guarda. Nesses momentos, perplexos, batemos com a palma da mão na testa e indagamos suspirando: “como pode ser?”

Quero arrematar esse ponto complicado com dois exemplos. Primeiro caso: uma mulher bonita, cheia de vida, simpática, inteligente e atraente. Passam-se anos, alguns namoradinhos, nada sério. O que ela mais quer é um companheiro. Ela cresce em tudo: humanamente, profissionalmente, entre os parentes, etc. Amor, tão almejado, necas. 

Segundo caso: o marido ideal, mais de trinta anos de casamento. Ótimo pai, responsável e apegado à família. Um dia, comum como tantos outros, conhece uma moça bem mais jovem. Em pouco tempo desaba a tempestade: deixa esposa e filhos, segue por uma aventura complicada e complicadora.

Dá para explicar? Não... justamente porque é carma! Inútil buscar entendimento na racionalidade, ferramenta à qual estamos presos nesta expressão material e psicológica de nossa alma no plano encarnatório em que estamos.

Última reflexão. Para desenvolvê-la apropriadamente, precisaria de mais espaço. Vou apontar e retomo o assunto em breve. Das muitas dificuldades em desvendar ou apanhar o carma, mais essa: como reconhecer seu endereço? Retomemos nossos exemplos: no primeiro, o carma é da mulher ou dos pretendentes que deixaram escapar entre os dedos tamanha oportunidade de ouro? No segundo ele é do marido? Da esposa? Dos filhos? Mistérios do carma. 

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Fonte: Especial para Terra
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