É momento de encarar criticamente o que se passou, diz vidente
Se você está lendo esta coluna entre o último dia de junho e o primeiro de julho, bem na virada, saiba que é uma data importante e recheada de sentidos esotéricos. Os antigos romanos a chamavam de “Idos”, o meio do ano. Eles revestiam essa passagem de forte carga emocional e conteúdo simbólico, comemoravam com inúmeras atividades, um feriado dos mais importantes. Era momento de pensar nas coisas vividas, avaliar o que tinha se passado; pedir desdobramentos futuros, mentalizar objetivos para os dias vindouros.
O momento é propício, corta como um bisturi afiado a soma dos dias, chama nossa atenção para o deslizar – lento, dissimulado, quase imperceptível, mas inexorável – da areia pela ampulheta, o escorrer dos ponteiros do relógio. Dobramos o cabo, 2013 já vai pela metade, tudo que nos afastamos do último réveillon é, exatamente, o que falta percorrer até o próximo.
Como sempre acontece quando fazemos uma avaliação, um balanço geral, o momento é de encarar criticamente o que se passou. Apoiada na busca de amadurecimento, devemos avaliar sentidos e acumular lições de vida. Buscar pesar tudo com real aceitação e compreensão. O objetivo último é abrir o melhor dos horizontes possíveis para as coisas que poderão, desse marco adiante, inclusive porque se está fazendo esse louvável esforço de entendimento, se passar.
Então a dica, para esses dias que carregam o sabor de uma transposição, é aproveitar para olhar as coisas privilegiadamente, como temos a oportunidade de fazer quando a roda-gigante está no topo, lá no mais alto. Elas se mostram a partir de um miradouro privilegiado. Depois, quando a roda começa a descer, as coisas se aproximam e a visão de conjunto, perspectiva de totalidade, se dilui.
Aproveite a posição dos “Idos” para olhar rumo a duas direções antagônicas e, a seguir, refletindo, buscar uma síntese. O primeiro olhar deve enfileirar conquistas desses seis primeiros meses do ano. Coisas boas, momentos e superações que deixaram um gostinho de sucesso. Olhe também, numa segunda etapa, para o outro lado, cento e oitenta graus para lá, o inverso. Liste, nesse segundo passo, os erros e deslizes, falhas, acidentes, equívocos e dores. Liste as coisas ruins, aquelas que amarraram, azedaram, amargaram a vida.
Na sequência você está pronto para a terceira e última atividade: amadureça espiritualmente utilizando suas duas listas anteriores. Use sua avaliação do semestre que se foi para pensar sobre vitórias e derrotas, sem esquecer jamais da necessidade de alguma resignação para levar o destino com paciência e equanimidade.
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