É preciso não desesperar com mudanças da vida, diz vidente
"Como marca de amadurecimento compete aceitar essas realidades quando se impõem nas nossas existências"
Sempre é bom quando um de nós alcança aquele momento privilegiado em que aprende a destacar no mapa do céu, entre as constelações diversas, a Estrela Guia do equilíbrio harmônico dos opostos. Sua luz tépida, germinativa, arredondada e tranquilizadora será valoroso farol para as aventuras de viver.
Ao longo da escrita do pergaminho de nossas vidas alternamos, tanto no mundo físico como no espiritual, as experiências de tensão geradas pelo conflito dos opostos, do nomadismo com o sedentarismo. Há fases de fluxo, deslocamento e transporte, outras de raízes, acomodamento e imobilismo.
São tropismos opostos, marcantes no contraste entre polos do que vivenciamos. Entre o austral e o setentrional, o nascente e o poente, a mortalidade e a eternidade, balançam energias e mistérios, impulsos e revelações de nossos destinos.
São forças cósmicas que animam nossa existência terrena e esotérica, alternando desejo de enraizamento com vontade de partir, os prazeres do local com a necessidade de trocar de paisagens.
O coração balança entre esses dois princípios, arquétipos estruturantes de cada momento da vida. Dois modos de ser que figuram duas mitologias diferentes: a do pastor e a do camponês, duas realidades diametrais girando conflitantemente a roda da fortuna, marcando com agitação ou serenidade etapas do nosso viver.
Os pastores espalhando-se ao longo de vastas extensões, peregrinos. Os camponeses instalando sólido aprovisionamento, construtores. Diferentes experiências, diferentes ritmos, diferentes interesses, diferentes metafísicas, diferentes relações com as coisas, os homens e os sentidos.
Como marca de amadurecimento compete aceitar essas realidades quando se impõem nas nossas existências. Como as casas alternadas no tabuleiro de xadrez, também passamos da mudança para o gregário, da individualidade solitária para o comunitário cooperativo, da liberdade independente para a fixidez coletiva, do errante e improvisado para o regrado e social.
Muitas vezes o capricho dessa alternância nos atira em situação que não queríamos. A postura correta é não desgostar, não desesperar, não enfurecer. O espírito evoluído aceita e busca aprender ainda mais com a lição, fortalecendo para quando pular novamente para outra casa do tabuleiro.
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