Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Envelhecer é acertar contas com a alma, diz vidente

5 jan 2015 - 09h26
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: kupicoo / iStock

Inevitável, as coisas envelhecem mais depressa do que gostaríamos. Esses primeiros dias de um novo ano reforçam a compreensão da passagem do tempo, sentimos um pouco mais seu peso. 

Siga Terra Estilo no Twitter

O passado vai se tornando denso com sua carga de vivências e recordações. A memória, inflada como um balão, flutuando leve, sobe com facilidade, levanta para voos longos, admira tudo lá do alto. 

Com os pés no chão, o animal que coabita conosco precisa acertar contas com a alma, harmonizar. É o que se pode chamar de amadurecer sereno. Um aprendizado que concerne a todos, porque todos envelhecemos. 

Para não desencadear grandes abalos de saúde, os hábitos mais corriqueiros são readequados. O jantar não pode ser depois das nove horas. Mesmo em noite amena é bom vestirmos um casaquinho. Mantemos um bloquinho no banheiro indicando se é dia do comprimidinho branco ou do rosa. 

Trata-se de compreender, tranquilizando a relação com a materialidade ao redor, que muitas coisas que eram fáceis antes podem se tornar desafios mais complicados: tomar o ônibus, carregar o pacote, subir a escada, abrir a lata. 

Abaixo dessa superfície do cotidiano, da mesma maneira, adequações na essência do ser também são necessárias. Na profundidade a espiritualidade deve aceitar outro ritmo, abraçar uma dietética diferente. A temperatura precisa ser regulada numa nova zona de conforto: como nos agradáveis dias de outono, é necessário que o calor abrasador dos meses juvenis arrefeça. 

Envelhecer bem é, buscando uma generosidade essencial, valorizar outras referências além das visíveis e tangíveis que começam a se dissolver. Reencontrar os júbilos que se imprimem em nós de modo indelével e, no fundo de nossa alegria de existir, traçam sulcos profundos. 

Pegar a areia do tempo que passa e dela fazer ouro. Navegar outra vez ao país da infância, retornar à inteligência das coisas verdadeiramente eternas, procurando a luz dourada de onde viemos e para o qual estamos destinados, reaprendendo o sabor simples da felicidade despojada de enfeites, a verdade primeira e última de toda a vida.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade