Esoterismo ajuda a decifrar questões da vida, explica vidente
A marca de nossa passagem por essa etapa provisória é a confusão. Nossas vidas, experiências em desarranjo, meras pontes de travessia para outros contextos e perspectivas, carrega em seu âmago uma desordem que tentamos evitar, superar.
Nessa empreitada, o esoterismo é de grande ajuda. Ele retorna misticamente os caminhos percorridos e decisões tomadas, desfazendo os nós que se amontoam e embolam a somatória de nossos carmas. Vai seguindo regressivamente as trilhas até suas nascentes, isolando as experiências, desfazendo os problemas, promovendo acertos.
Pense na vida como um balde, inicialmente vazio. Vamos jogando nele tintas de diversas cores. Optamos por essa ou aquela escolha, gotas de tinta que vão gerando consequências, interagindo em atordoantes desdobramentos com o que está e com o que virá para o balde. Hoje pingamos mais tinta, que se mistura com aquela pingada ontem, formando novas tonalidades que interferirão nas gotas de amanhã, que sequer sabemos quais serão.
É enlouquecedor, não? Vertiginoso. Dá até vontade de berrar: “parem, quero descer agora”. As interferências recíprocas e suas ramificações vão se somando e arrastando tudo em um viés de completa mistura, nos empurrando para essa inevitável imperfeição característica do plano astral encarnatório no qual nos encontramos: a vida de todos, sem exceção, é um balaio de gatos.
Nossa natureza busca resistir, fugir do desespero que brota da constatação dessa dura situação. Negamos e trabalhamos arduamente na construção de nexos e sentidos para as coisas que nos escapam. Nosso esforço é valido, meritório, mas não suficiente para transpor, apoiado nas ferramentas da razão, no uso da lógica e do raciocínio, a densidade caótica do labirinto do destino.
Causas e efeitos vão se avolumando com o passar do tempo, descrevem trajetórias surpreendentes, marcas inesperadas, o bordado encantado do viver. Com ele estamos todos envolvidos, somos todos aprendizes: pais e filhos, colegas e amigos, familiares e conhecidos, amantes e inimigos. Nosso anseio é entender, decifrar, saber, controlar. Pura ilusão. Quando muito, alertas e bastante esforçados, pescamos uma ou outra palavra dessa língua estrangeira.
O esoterismo é o intérprete desse idioma complicado, pior do que alemão, pior do que chinês, pior do que grego. Ele faz a faxina, limpa os ruídos, encontra o essencial na sua origem e auxilia a entender o conjunto em sua totalidade. Melhor ferramenta para tarefa complexa e fugidia como essa não conheço.
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