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Jerusalém tem uma energia própria, diz vidente

17 nov 2014 - 10h03
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Foto: kandelfire / iStock

Um pouco impressionada – afinal ainda estamos em novembro! – encontrei, como flores temporãs que se anteciparam à primavera, panetones espalhados pelo supermercado. A associação é imediata: Natal...

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Estava pensando nisso quando, por coincidência, encontro na TV um documentário sobre Israel. Entendi algumas coisas importantes. O destaque era para a cidade de Jerusalém. Sua amplidão estupenda, maior ainda sob uma maravilhosa lua cheia.

Jerusalém é uma cidade incrível. Seus prédios, de no máximo cinco andares, mesmo os mais modernos, são todos de uma só cor, entre o creme e o amarelo, com as sacadas desencontradas, talvez pela crença de que todo homem deve ter seu lugar ao sol, seu jardim sem sombras. De longe, ao olhar a cidade de cima, percebe-se que ela é toda dourada e se alonga na paisagem como um ser brilhante, que se estende ao sol.

Jerusalém tem uma energia própria, diferente de qualquer outra cidade do mundo, pois ali, lado a lado, quase no mesmo quarteirão, estão os principais templos de três das poderosas religiões que permeiam o ocidente e o oriente: a Mesquita do Domo Dourado, o Muro das Lamentações e o Santo Sepulcro. 

São sólidas paredes que, caladas e antigas, resistem ao tempo e se impõem ao respeito dos homens das várias crenças. É como se ali, num estralar de dedos, desaparecessem todas as diferenças e a verdade viesse enfim à tona: Deus é um só, independente do idioma em que o homem se comunica com ele.

Mulheres de roupas compridas, de burca, lenço ou peruca; homens de kipá, longas barbas e terno preto, adolescentes curvados sob uma cruz de madeira, no intuito de pagar uma promessa; um senhor sorridente com seu tau franciscano no pescoço. Todos semelhantes na sua fé, por mais diferentes que pareçam à primeira vista.

São ruas estreitas e inúmeras escadas apertadas que muito ensinam. Por ali todos parecem falar a mesma coisa, apesar das inúmeras línguas. Criaturas de Deus. Pessoas. Iguais. O desafio é entender que estamos todos próximos, somos todos irmãos. Coisa preciosa que a Humanidade insiste em não querer aceitar integralmente, atrasando o curso de seu desenvolvimento e emancipação espiritual. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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