Laço e nó do amor? Vidente conta caso que acabou em divórcio
Trabalho espiritual, quando há amor envolvido, precisa ser ainda mais coerente e cuidadoso. Muitos anos de vidência me ensinaram: o perigo aumenta na mesma medida que aumenta a intensidade da paixão.
Como na medicina, com efeitos igualmente destrutivos, um diagnóstico equivocado, mal feito, apressado, origina uma avalanche de problemas, dores e sofrimentos. A delicadeza das questões amorosas exige que o sensitivo empregue toda sua capacidade e competência – concentração, força, maturidade, experiência acumulada – para, antes de unir um casal (sempre o "trago seu amor de volta"), avaliar se é mesmo a opção correta; ou seja, se o casal formado gera um fluxo positivo de afeto, respeito e harmonia.
Precipitação leva a desastres tenebrosos. O médico se esmera, a cirurgia corre bem, pena que removeu a vesícula de quem precisava tirar o apêndice. Quem sabe cortar bem, precisa saber se está cortando no lugar certo, exatamente.
Acumulei diversas histórias como a do meu cliente I. Ele sentou e rápido abri caminho até o nervo do problema. Depois de dois anos de namoro com A, mais maduro, chegava momento de tomar decisões.
A garota era ótima, simples e carinhosa; companheira e tranquila; bem na medida de I. Tudo parecia simples, mas a vida (por mais que a gente queira) não é simples. Ele já tinha comprado as alianças quando, estava fazendo um mês, conheceu num evento da empresa, B, a outra. Isso mesmo, o nome dela começava exatamente com essa letra e assim ela passou a ser para ele (bem apropriadamente, ou melhor, inapropriadamente), o "plano B".
Se a namorada era tudo de bom, "tudo A", "classe A" (e ela ostentava mesmo a primeira letra do alfabeto no início do nome), a concorrente era o abismo. Como sei (e quem não sabe?): o abismo é tentador, sedutor, encantador, pena que lá embaixo esteja mesmo, depois de um estalar, grande dor.
Ele queria agarrar B, que fugia como água pelos dedos. Veio então para pedir que eu fizesse o laço e o nó. Pensei, avaliei espiritualmente e decidi: "Posso, mas não vou fazer nunca. Confusão para você? Segue com A. Em seis meses B não vai ser nem sombra, nem pó".
Ele ficou bravo: "Vou em alguém que sei que faz. Aliás, não sei por que vim aqui". Eu conhecia bem "alguém". Como de costume, faz e fez mesmo. Resultados? A aliança ele pagou para reformarem: o dedo de B era maior do que o de A. Dinheiro desperdiçado. Infernais quatro meses depois do casamento ela jogou na privada e deu descarga. Ele voltou para outra consulta comigo. Havia passado, como eu tinha dito, exatamente seis meses.
Sobre o desfecho da relação com A? Já que o Dia dos Namorados se aproxima, deixo a curiosidade aquecer os corações e conto o desfecho da história numa próxima coluna.
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