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Matar por amor

17 mai 2019 - 09h00
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É possível afirmar que, devido ao nosso próprio instinto de preservação – a força da vida!!! – não nos é dado, em geral, morrer por amor. Sempre se sobrevive conforme desenvolvi numa coluna anterior: “Morrer de amor”, 14 de março.

Matar por amor
Matar por amor
Foto: iStock

Se não é fácil morrer de amor, infelizmente, temos presente, com maior frequência, a situação de matar por amor. É possível acompanhar uma gradação nessa questão. Há muitas formas de matar por amor, aos poucos ou abruptamente. O sufocar psicológico, o confundir o ego, o anular a personalidade, o estilhaçar a autoestima, o enfraquecer o espírito – que, em trevas, perde a visão do próprio valor – até o absoluto, o crime. A maldade vai do descaso, manipulação, agressão até o concreto destrutivo dos ataques e das armas.

Parece que, modernamente, é cada vez mais usual e comum encontrar pessoas mortas por ciúmes, por não quererem mais dividir a vida com o outro, por estarem cansadas da relação, por buscarem ampliar sua liberdade. 

Mesmo as pessoas mais equilibradas podem perder a noção da verdade e, num impulso, exterminarem a criatura amada. As terríveis explosões de ciúmes, de fúria ou de frustração geram atitudes que, muitas vezes, despertado o desequilíbrio e a agressividade do matador, podem se extremar.

Antigamente tinha-se mais ativo o conceito de matar em “defesa da honra”, velha e antiquada permissão legal que facultava o crime, tornando a pena muito branda. Hoje em dia, ainda bem, há grande esforço para colocar os pingos nos “ís”, tudo direitinho no devido lugar, encarando então o feminicídio como o problema que ele verdadeiramente é. 

Do ponto de vista da energia espiritual o que está em pauta? Na verdade é o orgulho, a incompreensão e a ausência de aceitação do próprio fracasso que leva a uma atitude radical como o feminicídio. As pessoas não sabem perder, não aceitam a derrota. A distância entre a frustração e a ira é de apenas um passinho. O desejo de matar, de fazer desaparecer, pode se sobrepor a qualquer amor. 

Matadores, atormentados, precisam de ajuda em diversos níveis. Atenções psiquiátricas, psicológicas, e, segundo minha compreensão, inclusive espiritual. Canalizações de boas energias auxiliam a romper com inúmeros mecanismos, perigosos e perversos.  

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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