"Meteorologia das paixões pode ser enganosa", diz vidente
É coisa de país tropical mesmo. Nem bem o inverno apontou e já perdeu a força, afastada pelo sol vibrante do chamado veranico.
Mal começamos a nos preparar para o frio – arejando casacos, engraxando botas, buscando as cobertas mais acolhedoras no alto do armário – e o calor repentino indica que adiaremos o uso desse elegante figurino e o difícil controle psicológico dos pratos e guloseimas tão saborosos quanto calóricos.
Assim como o clima, que eventualmente prega peças e surpreende, o amor também parece muitas vezes oscilar entre o fogo e o gelo, as bonanças e as ventanias. Sua temperatura ambiente é variável, sobe e desce vários graus em questão de horas.
Metaforicamente somos como certas espécies que, diante das transformações sazonais, afetadas, reagem mudando de lugar: migrando, arribando. Nosso coração é bicho que viaja longe, quilômetros, em busca de ambientes mais amenos e propiciatórios.
Em muitos sentidos é possível encontrar correspondência entre o clima interior (afetivo, emocional, passional) e as estações do ano que se desdobram lá fora e que podemos acompanhar pela da janela. Para nós o amor – como o dia ensolarado que anuncia a primavera ou o dia chuvoso que prenuncia o inverno –, imprime marcas interessantes no nosso comportamento, faz a vida sorrir ou emburrar.
A Terra gira, célere, se aproxima e se afasta do sol. O mesmo ocorre nas revoluções do amor. Entre o hibernal e o estival, dias tórridos ou amenos, calcinantes ou gelados, sucedem-se temporadas mais ou menos agradáveis.
Não somos pássaros migratórios, mas algumas vezes nosso coração, fascinado por um pouco de nomadismo, pode se aventurar em largas jornadas e peregrinar distante de casa.
Para não se machucar é importante estar preparado: da mesma forma que em pleno inverno é possível que brilhem dias quentes (ou o avesso), também a meteorologia das paixões pode ser enganosa.
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