Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Morrer de amor versus instinto de vida

14 mar 2019 - 09h00
Compartilhar
Exibir comentários

Não me venha dizer que você “vai morrer de amor” porque eu não acredito.

Morrer de amor versus instinto de vida
Morrer de amor versus instinto de vida
Foto: iStock

Em quase meio século de atendimentos, eu estive com inúmeros consulentes que me garantiam: “não vou sobreviver”, “vou morrer se esse amor não me quiser”, “desisti e não tenho mais ânimo para fazer nada”, “infelicidade total, destruidora”.

Uma situação curiosa é que, nos atendimentos, as mulheres são mais superficiais. Podem estar perdendo o ser mais amado do mundo, mas nunca deixam de perguntar: “será que eu não vou encontrar outra pessoa? Quando vai acontecer?” 

Para minha grande surpresa – nada como a surpresa para nos ensinar as coisas –, os homens são mais dramáticos e, talvez porque mais possessivos, não se conformam com a perda. Não tem intenção, mesmo em situações já desenlaçadas, de mudar o foco de seu amor ou abandonar a luta por aquela companheira. 

Em geral, quando um homem perde um grande amor, ele se transmuta e se torna absolutamente fiel porque não aceita que o ser amado possa ser substituído por outra pessoa. A mulher, geralmente, assumindo postura diversa, está aberta a uma perspectiva diferente de renovações afetivas e emocionais, mais móvel, mais plástica.

Somando tantas oportunidades de observação, após atender gentes de todas as idades e perfis que repetiam “ter perdido as esperanças”, acompanhando os desdobramentos, passei a refletir sobre o papel do Instinto de Vida que, para mim, se esclareceu no seguinte acontecimento, comum e trivial.

Observava eu uma formiguinha que passeava solitária pela pia do banheiro. Pequena a ponto de quase não poder ser enxergada. Num gesto instintivo aproximei a ponta do meu indicador, em riste, para tirá-la dali. Sua reação foi escandalosa. Ela alucinou e passou a correr, em frenético ziguezague, desviando do dedo que a buscava. Uma, duas, três estocadas e ela, ágil, inatingível, lutando pela vida com todas as ganas, conseguia escapar de novo e de novo.

Puxa: se podemos encontrar tanto Instinto de Vida numa simples formiguinha, imagine nos seres humanos. É possível afirmar que tal Instinto, força contrária, dificulta muito e impede na enorme maioria das vezes que a gente morra de amor. O Instinto de Vida leva à sobrevivência, conforme tenho constatado.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Veja também:

Há um jeito certo de dar más notícias:
Fonte: Marina Gold
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade