O carma nas relações: vidente conta caso de desilusão
Por mais que se esclareça, às vezes o carma não se desmancha
A boa intenção, se desinformada, pode ser perigosa, verdadeiro atraso. Ela queria desatar o nó, puxava daqui e dali, triste tentativa. Sem perceber que agarrava o fio errado, apertava mais e mais ao invés de afrouxar. Que desperdício de boa vontade e energia.
Tinha acabado de passar por uma experiência complicada, estava confusa, desorientada; não aceitava o insucesso, a falha, a derrocada do seu projeto. Tudo começou quando, dois anos antes, entregou seu coração para ele.
No início o relacionamento era tranquilo, cheio de sedução, afeto e bons momentos íntimos. Porém, a chama arrefeceu. A tempestade do desassossego desabou, a taça da alegria se quebrou, o tumulto se espalhou como o mofo pela parede úmida e os momentos de enlace se extinguiram. Ele se foi, nos braços de outra, amiga íntima do casal.
Ela, que “ainda e tanto” o amava, buscou, desnorteada, solitária, ajuda. Foram três consultoras esotéricas da cidade onde morava, uma das capitais do sul do País. Todas indicaram a mesma direção, com pequenos desvios, mínima variação.
O que apontavam? A força do feitiço que tinha agarrado o amado dela como uma algema, uma armadilha, uma coleira. Ele ainda a amava, de verdade a amava, mas manipulado por poderes esotéricos, como uma marionete sem vontade, um pobre fantoche sem capacidade de discernimento, estava à mercê dos caprichos da falsa amiga, a responsável pelos “trabalhos” que o aprisionaram.
Ela me disse que, entre todas, acreditava principalmente na seguinte explicação: ele continuava apaixonado por ela, enxergando-a na falsa amiga. Isso mesmo, por força de trabalhos espirituais, ele trocava tudo, via na outra seu rosto, corpo, tudo, figura completa.
Eu não me convencia. Percebi convictamente tratar-se de um daqueles casos em que o casal se encontra, equilibra os carmas passados para se separarem, seguirem caminhos divergentes – ainda que um dos lados continue (e é melhor que seja pelo mais breve tempo possível!) envolvido e sofrendo.
Ela queria ser a cura, o conserto, o ajuste que imaginava que ele precisava já que estava enfeitiçado. Com uma pergunta confirmei minha certeza: “Ele estava envolvido com coisas místicas?”. A resposta veio espontânea: “De maneira nenhuma. Não acreditava em nada e não gostava. Eu é que sempre fui ligada nessas questões”.
Ela achava que ele estava com o pé machucado, queria tratar, engessar. Como explicar que não. Que o pé estava saudável e que ele o usava para, justamente, se afastar dela o mais que podia? Tarefas desafiadoras costumam ser as mais necessárias.
Tudo isso a prendia à luta por ele, à reconquista. Tenho certeza de que não a convenci... Essa é a medida do carma. Por mais que se esclareça, às vezes ele não se desmancha.
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