O chefe!
Consultar pessoas, das mais variadas idades, origens, posições sociais, durante anos a fio, permitiu-me montar uma memória da coletividade que me cerca e acompanhar as grandes e inevitáveis mudanças que se sucedem no sistema, e também a diversificação do pensamento comum que se transforma de tempos em tempos, marcando o núcleo central da experiência humana – o que podemos chamar de “mudança de hábitos” ou “busca de modernização”.
Acompanhei, assim, passos da libertação feminina, a conquista da pílula, o divórcio, a escalada profissional de mulheres a cargos que antes só podiam ser ocupados por homens.
Convivi, dessa maneira, um longo período da realidade material do mundo do trabalho em que as pessoas se ocupavam em empresas, firmas, escritórios em que nem de longe apontavam para o que se tornou a gigante e poderosa área da gestão – com seus coligados: empreendedorismo, motivação, criatividade.
Ao trabalhar com as questões e conflitos dessa área, nos últimos trinta anos, surpreendo-me reiteradamente ao contatar, nas mais variadas posições e maneiras, uma figura de suma importância: o chefe!
Foram tantas e tantas ocasiões, anos seguidos, ouvindo e acolhendo diversos consulentes amedrontados, choramingando e tremendo, aterrorizados pelo julgamento negativo do chefe! – aquele que, num piscar de olhos, com um estalar de dedos, poderia dispensá-los, assinar a malfadada carta de demissão.
Tantas vezes se repetiu a experiência que eu fui percebendo que o funcionário em geral sempre faz o possível (se desdobra, se esmera) para cumprir bem o seu papel e preservar sua posição.
Ficou, então, cada vez mais claro que a maioria dos chefes adora impor poder, se julga infalível, perfeito, acima do bem e do mal – uma espécie de Deus. Ainda mais, podendo, por simples capricho, dilacerar a carreira e a vida profissional de alguém promissor.
Complicado? Sim. O poder sobe à cabeça dos chefes como uma coroa. E isso implica na perda da humildade, da generosidade e de um sentido mais amplo de humanidade. Como resolver esse crucial impasse? Só com a oração. Pedindo ao Anjo de Guarda do chefe para acalmar o coração, equilibrar o uso do poder, construir a concórdia.
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