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O ciúme incontrolável é sinal de perigo, diz vidente

O ciúme é instintivo, selvagem, quase irracional; esse comportamento não indica maldade, ele deriva de um descontrole das emoções

28 abr 2014 - 09h19
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Foto: Getty Images

O ciúme é como uma fruta verde, amarga e pegajosa que, uma vez mordida, deixa um travo gosmento na boca, difícil de limpar, de ser substituído por algo melhor.

Desagradável, mexe com o ciumento da garganta até o estômago, operando uma reação que ataca o corpo, tornando-o presente à consciência e afastando a energia etérea, expressão dos sentimentos da alma, aquela que deve acompanhar grandes amores e nobres sentimentos.

O problema é esse, o ciúme coloca o amor na sua dimensão mais material: o ser amado se transforma em algo que deve nos pertencer a qualquer custo. “É meu”, “é minha”, são determinantes de posse que conseguem fazer de pessoas, coisas; e de coisas, algo tão necessário e indispensável, que lhes garante um estatuto humano.

O ciúme é instintivo, selvagem, quase irracional. Provavelmente por isso é tão fácil localizar esse sentimento extremo em animais do nosso convívio. O gato não é malvado porque pulou para dentro do berço e arranhou o recém-nascido... O cão não é ruim porque marcou seu território fazendo pipi no pé da visita. Não! É apenas o instinto, a força que o sentimento de posse desperta não só em cada um de nós, como também nos bichinhos – propensos também a carências e inseguranças.

Se para uma pessoa esse sentimento se torna incontrolável, é claro sinal de perigo. Os limites da reação individual precisam estar bem esclarecidos, pois, não raro, o ciumento pode extravasar as fronteiras do permitido e perder o controle tranquilo das situações.  

Diante disso tudo, cabe entender, para escapar dessa armadilha, o problema que brota quando o ciumento tortura o objeto de seu amor. São chantagens, agressões, atitudes geradoras de dor. Tal comportamento não indica maldade, ele deriva de um descontrole das emoções.

Morais Moreira brinca, resignado, cantando que o “ciúme não tem remédio”. É música. Porque tem sim. O melhor a fazer é encarar o problema de frente, tratar, procurar ajuda e apoio para superar essa desgastante característica do nosso crescimento espiritual. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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