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O dia em que a vidente mentiu para poder ajudar

18 abr 2018 - 14h12
(atualizado às 14h20)
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O dia em que a vidente mentiu. Sim, não me esqueço dele. A vidente, no caso, sou eu mesma, euzinha. Por que usei a terceira pessoa? Para ficar, caro leitor, mais interessante e prender sua atenção até aqui. Passo, então, ao relato: vamos lá, contar sobre o dia em que menti.

Em geral, quando atendo meus clientes, costumo seguir uma linha absolutamente impecável: nunca minto, nunca invento, nunca ludibrio – o que não significa que não possa errar, que não erre.

Foto: Getty Images

Como profissional procuro usar da maior honestidade e correção porque minha clientela deposita confiança na minha atividade e não posso desrespeitar, quebrar o voto dado. Assim, por mais complicado, prefiro trilhar o aminho da sinceridade, doa o que doer.

Muitas vezes falar toda a verdade dá um enorme trabalho, mas é preciso. Inventar histórias, aparentemente coisa mais simples, reverte em trabalho ainda maior. Mas, teve sim um dia em que foi preciso mentir. Menti sim, descaradamente, deslavadamente.

Tratava-se de uma pessoa insuportável, mulher de marido importante que achava que tudo lhe era permitido. Para me testar, ela armou um teatro (pouco convincente) e se colocou a representar como se estivesse tomada por uma Pomba-Gira, personagem do universo afro-brasileiro, que se denominava Maria Mulambo.

Claro estava que ali não havia presença de nenhuma entidade. Pois que guias de candomblé ou umbanda, inclusive os Exus, demandam toda uma preparação para se apresentarem.

Eu vi na representação uma possibilidade de me libertar, pois mostrando acreditar nela, ela perdeu a confiança na minha vidência. Imediatamente, mostrei que acreditava. Sim! Eu estava cara a cara com a própria Maria Mulambo. Acho que nunca antes ou depois menti tanto na minha mesa de vidência. Ela mesma me deu a fórmula, pois eu pude encaminhá-la para um Centro Espírita, onde exatamente ela precisava ir, buscar auxílio.

Informei também que o problema dela não poderia ser acompanhado pelo meu Dom, porque a mediunidade dela era muito elevada e solicitava um ser mais iluminado. Era toda ajuda que podia dar naquela situação. Para me apaziguar, a certeza de que não conseguiria fazer melhor. Espero que a Inteligência Universal não me puna já que a mentira enfraquece o alcance do trabalho esotérico.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui 

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Fonte: Marina Gold
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