"O futuro é aberto", anuncia mensagem espiritual
“O futuro é aberto”. Foi a mensagem que recebi. Sempre considero as mensagens importantes e fico feliz quando – organizando o sentido, vencendo a complexidade (geralmente grande) – as compreendo, ou melhor, as assimilo. Essa, vinda de um elevado Médico Espiritual, começava assim: “O futuro é aberto”.
E não é? Acima, caro leitor, no início do texto, ao ler o primeiro “O futuro é aberto”, ele se mostrava de uma forma. Chegando (no meu palpite uns 15 segundos mais tarde) ao “O futuro é aberto” que arremata o parágrafo, ele já era outro, estava irremediavelmente reposicionado. Numa trama urdida tão fininho, qualquer lapso temporal, mesmo o mais breve nanossegundo, modifica o fluxo e as direções, criando cones de efeito que se intensificam mais e mais no prosseguir da vida.
Você pode estar pensando: “Apenas 15 segundinhos?” Sim, tempo de sobra para que o vasto espaço de possibilidades se construa de determinada forma ou ao contrário. Tempo que faltará ou sobrará – impossível dizer – para aquele encontro feliz ou infeliz, aquela situação sortuda ou azarada.
Disso tratava, compreendi depois de algum exercício de sensibilidade, a mensagem que num relicário de poesia trouxe-me o sopro de um vento, sibilante no meio de uma madrugada outonal: “O real” – prosseguia – “é sempre um; as possibilidades, de muitas ordens, voam rápido, mas não saem do lugar enquanto não passam da probabilidade à lógica”.
Tentando aprofundar meu entendimento, percebi que essa primeira parte da mensagem indicava como as lições de realidade são difíceis de serem aprendidas, como as sequências de mudança da vida, numa variedade de desenlaces, tomam os surpreendentes caminhos do que é, do que será, do provável, do improvável, do (totalmente) impossível.
Seca, a mensagem era concluída assim: “Para isso não busque receita. Mesmo se houvesse ela não seria interpretada da mesma forma por dois cozinheiros diferentes. Algo pode ser viável ou inviável agora, pode ter sido viável ou inviável numa época anterior, pode se tornar viável ou inviável logo mais”.
O que aprender? Que nossos caminhos não chegam a termo? Que nossos projetos não se concluem? Não há fechamento, apenas projetos? Sem mapa vamos por possibilidades que se abrem ao nosso ir? Sim. Qualquer pequena – na verdade minúscula – mudança acaba produzindo uma transformação surpreendentemente grande nas coisas resultantes.
Cabe à Espiritualidade nos fortalecer para lidarmos com o que eu chamo de “determinadas indeterminações do futuro”: as coisas como elas são, como devem ser, como poderiam ter sido e como não poderiam ou poderão ser.
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