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O mal nunca será absoluto, diz vidente

7 dez 2014 - 10h21
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Foto: iStock

São dois adágios populares que muito ensinam às pessoas que estão buscando crescimento espiritual e compreensão das questões ligadas ao esoterismo. Como alguns dos mais complexos textos herméticos, essas duas frases curtas da sabedoria popular, da voz do povo, revelam as fronteiras do carma e indicam os limites em que a experiência humana pode se desenrolar.

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O primeiro deles, muito comum, cantado em prosa e verso (empregado com um misto de ironia e resignação pelo genial Adoniram Barbosa na sua Saudosa Maloca ), diz: “Deus dá o frio conforme o cobertor”. Inquestionável quando avaliamos percursos suficientemente completos e nos certificamos que está correto, ainda que no varejo dos acontecimentos muitas injustiças pareçam invernos rigorosos demais, duros demais para nossas poucas e frágeis provisões.

O outro, fazendo referência à serpente tentadora que seduziu Eva no Jardim do Éden, menos usual por aí, indica, com uma piscadinha marota de olho, compreensão risonha das coisas mais difíceis do dia a dia: “Deus não dá asas às cobras”. Inteligente e consolador, algumas vezes, rebatido, pode acabar completado maldosamente (realismo ou pessimismo?) por um: “Mas muitas delas conseguem até voar”.

Duas balizas que definem o chão e o teto do mundo que nos cerca. Dois trilhos que delimitam o caminho da nossa vida. Assim, no espaço entre essas duas verdades, no intervalo entre o que está mais baixo e mais alto, todos encontramos nosso lugar cósmico nesse plano de existência terrenal. 

Na base espiritual (ditado 1) o conforto de saber que há um limite para a maldade e sofrimento que poderíamos precisar enfrentar. Sob tutela espiritual, mesmo gelados, jamais congelaríamos, embora não estejamos isentos de tremer algumas vezes com nosso desamparo e medo.

No topo espiritual (ditado 2) a importância de reconhecer que mesmo as maiores arrogâncias e prepotências estão condicionadas por uma série de contingências humanas, imperfeitas, perecíveis, transitórias. Qualquer egocentrismo, esnobismo, vontade de estar por cima de todo mundo está delimitado por uma fronteira bem clara: a perda daquilo que não é do patrimônio espiritual, a finitude das relações com relação as coisas materiais.

Colocando lado a lado essas duas lições, podemos ver emanar uma compreensão alentadora, reconfortadora: o mal nunca será absoluto (haverá sempre um cobertor disponível, ainda que bastante modesto), também a arrogância nunca será absoluta (cobras que acreditam voar estão, na verdade, planando, cedo ou tarde se estatelam).

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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