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"O segredo é querer sensatamente", aconselha vidente

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<p>Escolha um inalcançável à medida do alcançável</p>
Escolha um inalcançável à medida do alcançável
Foto: Getty Images

Vou atendendo as pessoas e, com minha rede, apanho delas um ou outro desejo, seus sonhos. Recolho, examino, comento com o dono, tento modelar quando necessário, deixar mais saudável antes de devolver ao imenso oceano das aspirações humanas. 

Dinâmica corriqueira no desenvolvimento da minha tarefa esotérica. Contudo, o que se destaca, chama a minha atenção de alguns tempos para cá, é notar como as pessoas vão, nas suas vontades, subindo cada vez mais alto, como Ícaro, sem limites.

Diante do exagero, faço o possível. Seguro, explico – ainda que ganhe, às vezes, desafetos e desafetos –, procuro segurar os excessos. As coisas costumam ir bem, eixos são retomados, olhos se abrem e o equilíbrio se refaz. Mas nem sempre. Muitas vezes a asa frágil, grudada com cera, insiste em subir, prepotente, perto do sol quente, iminente uma queda desastrosa. 

Mesmo deixando sofrimento espalhado pelo caminho, aos quatro ventos, sem poupar homens ou mulheres, jovens ou maduros, condição social ou cultural, não é muito ampla, complexa ou difícil a verdade por trás dessa questão. Como devemos fazer?

Quer alcançar o inalcançável? Há um jeito. Vou explicar qual. Escolha um inalcançável à medida do alcançável. Caso contrário, necas. Não vai dar. O inalcançável, como a palavrinha indica, não pode ser – de maneira alguma, friso! – alcançado.

Entenda, assimile como lição de realidade e você estará resolvendo muita angústia imaginária. Vá ser feliz com seus alcançáveis, longe do logro traiçoeiro de tanto inalcançável que querem empurrar goela abaixo da gente. 

Para além dos desdobramentos sofísticos, dos rodopios retóricos do que indiquei, insisto em destacar uma postura de sabedoria: sonhe sonhos que caibam na realidade. Qualquer exagero nessa questão, desejar tudo, “abraçar o mundo”, é perigo de alta carga de decepção e impotência. 

O segredo é querer sensatamente, uma motivação adequada. Um desejável comedido, adequado, deixa caminho livre para a autorrealização. Quem aspira coisas adequadas comemora mais conquistas e amarga menos decepções. 

Devemos saber viver com nossas limitações. As ilusões são perigosas inimigas, tornam a vida um depósito de frustrações. Avaliar corretamente – sem exacerbação – o nosso ponto de equilíbrio é meio caminho andado para chegarmos às recompensas que merecemos. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Terra
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