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Superar um amor infeliz pode ser complicado, diz vidente

27 jan 2014 - 07h32
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Foto: Getty Images

Como sensatamente aconselha Paulo Vanzolini na sua famosa “Ronda”, quando a busca é inútil o correto é desistir. Tudo bem. Todo mundo pensa assim, concorda, aceita. Mas, quando é com a gente, escapar da armadilha da paixão pode ficar complicado.

Para um coração fisgado (cego, confuso), as realidades e racionalidades não servem de nada. O óbvio não é grande coisa. O natural não deve necessariamente ser respeitado. Estava assim MP quando a encontrei pela primeira vez, rodando enlouquecida como um peão. Ela achava que LF – e somente ele – era e seria para sempre o grande e único amor de sua vida. Estava convencida que sua missão terrena, seu carma, era acertar contas com LF, contas herdadas de outras vidas anteriores. 

A relação deles era estilo sapo e bromélia. Ela uma flor, linda, serena, colorida, segura, enorme reservatório de vida. Ele, pulando daqui pra lá, horroroso, adiposo, insinuante, só procurava a bromélia quando precisava de colo, abrigo, água fresca sem esforço. Quando nos encontrávamos ela tinha muitas histórias sapentas para contar. Triste, chorava. Eu movia toda a energia que pudesse para tirar a venda dos olhos daquela flor sensível. Canalizava toda a minha experiência mística para auxiliar, amparar e socorrer. As coisas não avançavam, os efeitos eram mínimos e se dissipavam com o primeiro coachar.

Ao retornar, machucada de novo, MP repetia sofrida: “meu destino é construir uma boa vida com ele, estamos amarrados, minha tarefa é suportar ficar ao lado dele”. Foram meses, anos. Muitos momentos de desespero. Um dia, tarde linda de janeiro, sol radiante e vida pulsando na atmosfera, abro a porta para MP. Sorriu, disse que vinha com novidades. Seu comentário, logo que puxou a cadeira, jamais esqueci: “sabe, Marina, compreendi que meu carma pode ser outro. Não ficar com LF a vida toda, mas ter passado exatamente pelo que passei, sofrer tanto, justamente para purgar, deixar ele para lá... nessa e em outras vidas que virão”.

Meus olhos se arregalaram. Foi o início de grandes mudanças para MP. Quanto a mim, que recompensa! A confiança de que nenhum combate é em vão. Quanto mais árduo e demorado, maior o contentamento da vitória.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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