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Vidente aponta estratégias para equilibrar vida sentimental

No amor, moderação e prudência são regras de ouro

21 abr 2016 - 08h00
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Muito comum – e cansativo – os exageros no amor. O que clamo com minha força espiritual? Moderação e prudência. O arqueiro que ultrapassa o alvo, da mesma maneira que aquele que não o alcança, falha.

Um se perde como libertino, outro como beneditino. É triste. No amor é preciso encontrar o eixo em torno do qual a agulha da bússola não oscile muito. Pode frágil até tremer e vibrar, mas sempre indicando nos mapas do mundo o norte magnético sem o qual não há direção, nem ida nem retorno possíveis.

Foto: Reprodução

Fico penalizada ao encontrar gente iludida, achando que é possível viver na esfera do amor como se ela tivesse o centro em toda parte, e a circunferência em nenhuma. Tamanha onipotência e onipresença é atributo de Deus, inalcançável nas nossas camadas de imperfeição espiritual.

Que lição reter prioritariamente? Que o amor é jardim exótico e manhoso, coberto de flores perigosas. É preciso cultivá-lo incansavelmente, mas – atenção! –, sempre, numa medida que não transborde em exagero. As raízes adquirem seu significado quando a flor pode brotar alimentada por duas harmonias.

Uma harmonia é entre um amante e o outro. Trata-se de uma dinâmica de alteridade, incluindo um par de subjetividades que vão, quando as coisas dão certo, se encaixando, se acomodando, se complementando.

A outra harmonia, bem mais sutil e desafiadora, é a que pode (e deve) se estabelecer entre o eu e o próprio eu de cada amante. Cada um deve investigar a secreção que escorre da abundância de acontecimentos banais, avaliar e separar o concentrado essencial das emoções cardinais dos afetos cruciais. Ao avaliar esse líquido precioso, obterá a resposta: o périplo valeu a pena? Deve ser reiterado?

Agora, cuidado, é verdadeira decifração, o teste da paixão no corpo de quem a experimentou. Uma busca de si que não termina jamais, na qual os encontros são apenas estações para que a busca siga adiante, renovada.

Essa é a minha proposta de decifração do amor. Complexa como seu objeto. Investigue nas nuvens, na terra, na água, no fogo; procure na chama, na concha, no vaso, no sonho. O espiritual adensa-se nessas regiões inesperadas. A recompensa será uma ampliação da moderação – valor imprescindível para uma vida mais equilibrada e feliz.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Terra
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