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Vidente aponta os riscos do Sagrado do Amor

20 fev 2018 - 13h32
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Verdadeiro amor nunca pode parar. Sua força é dinâmica, um característico impulso cheio de cinética que identifica, permite reconhecer. O falso, ao contrário, por menos que se queira, estanca. Pode, inclusive, ser revelado por isso, o ímpeto perdido, a energia estacionada.

Foto: CoffeeAndMilk / iStock

O amor imobilizado perdeu seu sopro espiritual, um inexplicável que gosto de chamar de Sagrado. O Sagrado do amor, combustível que alimenta, é ao mesmo tempo um “ter sido” e um “poder ser”, mas nunca um “estar sendo”: para o amor, processo renovado de transformação, não há presente. Passado e futuro se entrelaçam em continuidade imperceptível.

Nos mistérios do Sagrado do amor o presente está corrompido não apenas, como em qualquer sequência histórica, pelo que foi (carma elaborado), mas também e principalmente pelo que será (carma a elaborar). O momento pontual, vivido já no porvir do instante, é mera passagem, nunca abrigo ou hospedaria.

Numa ponta o carma elaborado, aquilo já vivenciado. Os cortes se revelam cicatrizes, marcas de passados. Cicatrizes que, em termos esotéricos, não são mais a pele inicial e sim uma pele refeita sob influência (efeito e contra efeito) de tudo que foi, de tudo que se foi.

Noutra ponta o carma a elaborar, as inegociáveis necessidades e imposições do Projeto da Inteligência Universal para crescimento e libertação. Como a criança que no primeiro dia de aula já carrega a responsabilidade de todos os outros, subsequentes, o desaguar não se define, ele renova um complexo de desdobramentos, outros primeiros dias.

No meio do caminho, escapando entre nossa percepção e nosso desejo de controle, o fluir ininterrupto do Sagrado do amor. Rápido como um piscar, entre o deixar e o encontrar – atrás, à frente – o agora que mal conseguimos pronunciar, única realidade palpável num tempo que, impossível estancar, escapa para nossa decepção e desespero.

O Sagrado do amor, como um avião em rota, transitando entre dois aeroportos, navega sem pertencer a nenhum deles. Ou melhor, e ainda mais desafiador para quem trabalha com orientação espiritual, pertencendo, numa estranha sucessão transitória, a ambos: dividido entre origem e destino. Ali, em pleno voo, aumentada fragilidade e risco, é quando prefiro auxiliar no controle de tráfego aéreo.

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Fonte: Marina Gold
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