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Vidente detalha conflito entre paixão e amor

Serenidade como antídoto diante das aflições do nosso tempo acelerado

20 mai 2016 - 12h37
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Irritada. Eu, tanta experiência, irritada, extremamente. Ela carregava nos ombros uma carga enorme de sofrimento. Por paixão estava escravizada, machucada, anulada.

Com a voz fraquejando, entre os soluços e as lágrimas, ela me confessava: “aceitei, Marina, por amor... eu amo ele, muito mesmo”. Não, não e não! Nada disso. Amor é bom. Carinho, simpatia, afeição, respeito. Aquilo, paixão desenfreada, era outra coisa. Um fardo, intensidade destruidora de sentimento e emoção, comprometedora da razão e da lucidez.

Foto: iStock/Getty Images

Como ela, quanta gente? Ah, quanta energia desperdiçada, jogada fora. Coisa triste tanto conflito justamente no terreno que deveria ser repleto de flores. Infelizmente um dos problemas mais comuns na minha prática de consultoria espiritual: paixão rima com complicação.

Você acha que não é tão complicado. Escapou de viver algo assim. Sorte sua. Eu, com minhas preocupações, uso como referência os anos e anos encarando ímpetos e explosões, tempestades devastadoras do desejo que não consegue sossegar, se conter, aceitar afastamento ou rejeição. A palavra que resume tais experiências: excesso.

Que difícil situação a dos destemperos trazidos pela contaminação da paixonite. Uma peste, uma infecção, doença do corpo, da mente, da alma – derruba a vítima, desnorteia, paralisa. Toda atenção e cuidado são necessários frente à força igualmente sedutora e destruidora.

Os gregos, sabiamente moderados, admiradores do equilíbrio em todas as situações, usavam o conceito do pharmakón para exemplificar. Pharmakón, em grego, significa remédio (daí farmácia) ou veneno, tudo dependendo da dose. O que cura e faz bem, se empregado em demasia pode intoxicar e matar.

Parece-me que também o amor, uma das últimas fortalezas do humano, nos dias acelerados e competitivos que atravessamos, vem sendo devorado pela fúria dos números. Número de parceiros, número de vezes, número de posições.

Tenho motivos para estar irritada? Não quando lembro que é possível navegar por águas menos turbulentas. Contra as paixões tiranas, o amor de serenidade, inclusive mais espiritualizado.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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