Vidente diz que alcançar uma alma pelo esoterismo é recompensador
A tarefa semanal de escrever uma mensagem (que espero o querido leitor goste) exige-me concentração, é momento desafiador. Não tanto pela mecânica da redação literária. Não aspiro ser outra Clarice Lispector. Meus voos estilísticos são mais modestos, minha literatura – quando encontro rara pepita de alguma expressão de sabor literário – mais convencional.
O que demanda parcela bastante considerável de esforço, dedicação de energia, é a indagação afiada dos mistérios metafísicos com as quais me enfronho como o pintor com as tintas, o compositor com as notas, o jogador de futebol com a bola e o cozinheiro com o sal.
Não almejo estar com os poetas, nos píncaros da língua e da linguagem. Todavia, espero escrever de maneira minimamente agradável e compreensível, com pitada de elegância para tornar mais convidativo o transporte daquilo que me interessa de verdade: esoterismo.
Acho obrigatório qualquer um que se expresse, passando mensagem para um número grande de pessoas, cultivar respeito pela língua, pela clareza no bordado de ideias e desenho de argumentos. Busco agir assim, porém de forma secundada pela raiz profunda da minha vida: menos comprometida com um adjetivo bem colocado – encantador! – ou uma metáfora flamejante, mais obediente aos contextos de ocultismo.
Meu romance com o verbo pode mesmo resvalar no convencional. Com os jardins do hermetismo, cheios de perspectivas e mistérios, não. Meu texto é pura embalagem, mala que carrega transcendências destinadas ora a essa, ora àquela pessoa portadora de determinado espírito e situação de espiritualidade.
Se você, querido leitor, acha a atividade trabalhosa demais, está equivocado. Algum trabalho, evidente, dá, mas a recompensa é sobeja. Não sei descrever a alegria sem sombras que se apossa do meu coração quando recebo, geralmente por e-mail, um retorno. São excelentes momentos, mexem nos meus mais profundos sentimentos.
Normalmente o comentário, cheio de gratidão, aponta surpreso: “Lendo seu texto deparei-me com uma questão que achava só minha, particular, especial. É como se você me conhecesse, entrasse nos meus problemas, tivesse uma ligação com os meus pensamentos. Tenho convicção: seu texto estava direcionado a mim, só a mim. Mesmo de longe, sem me conhecer, você estendeu sua mão, agarrou a minha... e puxou”.
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