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Vidente diz que alimento deve fazer bem para o espírito

"Ultrapassando o sentido literal da comida podemos explorar novos terrenos, repletos de paixões"

15 jun 2014 - 11h33
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Foto: Getty Images

Seja cuidadoso com aquilo que você põe para dentro de seu corpo. Valorize não apenas os aspectos materiais dos alimentos que vai comer, mas também os potenciais energéticos que eles carregam. Lembre-se: a comida deve nutrir o corpo e o espírito.

Assim, olhada em sua totalidade, a experiência de alimentação não deve ser apenas um encontro com sabores, mas também com forças transcendentes, com ideias. Um algodão-doce, por exemplo, é mais do que uma nuvem de açúcar; representa uma viagem de retorno à infância, derretendo na boca leve como aqueles dias.

Ultrapassando o sentido literal da comida podemos explorar novos terrenos, repletos de paixões. Trata-se de encontrar na pimenta, na azeitona, no leite ou em qualquer outra escolha um conjunto de correspondências que enriqueçam nossa relação com o mundo.

Os ingredientes não participam somente da fluidez do corpo, agitam nossa interioridade, produzem efeitos na dimensão da alma. Por isso temos comidas que estimulam, confortam, inspiram, alegram e assim por diante. Imagine um pão quentinho e crocante, uma taça de vinho perfumada, uma talhada fresca de melão ou um tablete cremoso de chocolate. Além de deliciosos, são alimentos portadores de memórias, ritos, mistérios, poderes legendários.

Do aspargo ao zucchini, entre os camarões ou as ostras, cada um deve encontrar aquilo que faz bem para sua espiritualidade. Eu há muito tempo fiz minha escolha. Não foi fácil eleger, mas decidi. Fico com o tomate. Ele não captura apenas meus sentidos e agita meu cérebro, vai além, sacia meu apetite por tudo que é essencial, simples.

Como não amá-lo de mil maneiras? Na salada, honrado por azeite; grelhado, no forno, em conserva, num molho, até como geleia? Mas, pessoalmente, prefiro sem muitos mistérios, puro.

Cru. Cornucópia de sensações simples. Os dentes rasgando a carne. O suco espalhando pela boca. Cascata de prazer. A nobreza de tanta generosidade. Água, açúcar, polpa, fruta. Maciez e resistência, líquido e sólido. Bolinha carnuda, encarnada, ardente, despeja em nós uma torrente de natureza, lembra a força de tudo que se relaciona com a vida, mistério e satisfação, exemplo de conscientização que devemos buscar na nossa caminhada terrena. Alimento para o corpo e o espírito 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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