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Vidente ensina a lidar com peças surpreendentes do destino

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<p>&Eacute; preciso saber lidar com as cartadas infelizes do destino</p>
É preciso saber lidar com as cartadas infelizes do destino
Foto: Getty Images

Vida, jogo, amor, essas coisas se entrelaçam. Algumas vezes, de forma complicada. Nem sempre da maneira como os envolvidos, ou quem quer que os queira bem, gostaria. Nessas situações é importante olhar além das aparências, desvendar as lições ocultas que o desenrolar do carma está apresentando.

Uma história que acompanhei pode ser indicada como exemplo bastante interessante para ensinar como os caminhos, por mais que gostássemos, não são planos e em linha reta. Cheios de curvas, aclives e declives, obstáculos, surpresas, os caminhos da experiência de vida estão mais para rally do que para viagem sossegada por autoestrada maravilhosamente pavimentada.

Ele havia perdido a esposa há pouco tempo. O casamento, feliz, de mais de trinta anos, tinha apenas um nódulo. O inconveniente é que ele adorava jogar baralho. Era seu passatempo, e ele fazia com discernimento, competência, controle. Era paixão e não vício.

Sempre que possível, como outras pessoas grudavam na novela ou na música, ele, feliz, carteava com amigos. Mandava no jogo. Ganhava bastante. Tinha sorte, estratégia, competência. Aproveitava ao máximo os bons momentos de descontração e emoção.  Sempre respeitando rigorosamente duas regras: jogava-se até às 22 horas e nada mais (os afazeres do dia vindouro impunha) e nunca (nunca mesmo) apostando qualquer valor que não a diversão. Dinheiro, dinheiro; jogo, jogo! Suas cartas não podiam indicar qualquer ganho ou perda material.

Viúvo, ainda sentindo-se moço, arrumou uma namorada. Pessoa querida, de beleza humana e espiritual. Para ela, ele também representava aquilo tudo que sempre esperou. Mas surgiu um problema. Por mais que se esforçasse ela não conseguia aprender os jogos: buraco, canastra, bridge. Eram coisas que não a interessavam.

Peças do destino. Eu poderia dizer: cartadas infelizes. Eles tinham almas gêmeas, tudo perfeitinho para um encaixe primoroso. O jogo, que já havia incomodado no primeiro casamento, agora surgia como barreira. Mais do que alguém que o deixasse (como a ex-mulher não conseguia) livre com sua diversão tranquila, ele queria uma companheira completa para os anos que restavam, um par que sentasse com ele no pano verde e ali também pudesse aproveitar a vida.

Sortes, azares, encontros, desencontros. Mistérios maiores que tecem, entre áses e rainhas, o bordado esotérico do nosso destino.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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