Vidente: excesso de cobrança pode gerar culpa desnecessária
Nosso insensato coração vive cheio de culpa e culpas. Atribuímos peso e cobrança por atitudes que, muitas vezes, não dependeram de nossas escolhas e sim das circunstâncias do destino.
A lógica interna dos processos e mecanismos de culpa e culpabilização, construída por nós mesmo, muitas vezes não corresponde à realidade vivida. Quando nossa estima dá uma abaixadinha, é comum lançarmos no lixo muitas de nossas qualidades, deixamos de reconhecer tantas coisas boas que carregamos ou fizemos.
Acabamos como vítimas duma rede terrível de cobranças e medos, que absorve o pensamento e altera a atenção, submete nossa vontade, desestabiliza-nos diante das nossas responsabilidades.
Quando estamos enfraquecidos, deixamos de esclarecer situações mal resolvidas, perdemos grande energia e mesmo parcelas importantes da nossa autoconfiança, pois a mente – encalhada numa ideia de culpa – fica travada, girando em torno de um mesmo assunto, procurando explicações e saídas racionais, que nunca se encaixam com a precisão necessária.
As culpas que nos algemam deformam os critérios. As cobranças que a cabeça humana consegue inventar podem se mostrar demasiadas, expulsar o próprio bom senso, prender a pessoa numa insuficiência que não é real e não deveria vigorar.
Nos domínios espirituais, já que não podemos ser nossos próprios juízes, muitas vezes, quando nos sentimos devedores, não avaliamos bem o grau da dívida que acreditamos ter contraído, se é que contraímos.
Quantos amores não se realizaram por causa de fantasias infelizes? Quantas chances não se perderam por causa da falta de discernimento e coragem? Quantas injustiças não desabaram sobre as pessoas que aceitaram pesadas cobranças sem discutir as causas? Quantas noites de insônia se passaram com a falta de resolução das culpas que a nós mesmos consignamos?
Para evitar situações dessa natureza, é preciso reflexão e autoconhecimento. Uma boa olhada para si mesmo trará, a qualquer indivíduo, a correta perspectiva e capacidade de entender se está numa vivência justa e dentro dos limites do esperado.
Por isso é sempre bom e válido procurar, se alguma aflição maior nos assalta, uma orientação espiritual: importante no sentido de racionalizar culpas, acertos e falhas; equilibrar com correção tais questões, não cair no lugar comum de tomar, sempre, toda a responsabilidade para si.
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