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Vidente explica como a espiritualidade domestica o egoísmo

17 ago 2014 - 12h36
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Foto: Getty Images

Incrível como por todos os lados estamos cercados de heróis. Atletas, artistas, celebridades, empresários. Super-homens da maximização dos potenciais, das competições, dos desempenhos, das coragens – estão no topo e não desistem nunca.

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Numa lógica da corrida desenfreada aos resultados, da arriscada concorrência total, da superação contínua de si, o triunfo dessa gente é glorioso... ou, pelo menos, se for uma glória de aparência, é muito bem projetada e administrada.

Abaixo desse Olimpo nós, reles seres comuns, bem menos radiantes, experimentamos os efeitos sociais e humanos (geralmente amargos) dessa cultura de marcado narcisismo. Nos  exigem polivalência, autonomia, qualidade total em cada referencial e tarefa da vida.

Brotam assim, pelo que venho acompanhando, inúmeras dores e insatisfações ligadas ao “culto do vencedor”. Nem todo mundo quer (ou pode) organizar sua subjetividade e existência (tanto prática quanto espiritual) segundo um modelo tão cerrado de valorização do sucesso e do alto rendimento.

Detentores de outro tipo de sensibilidade, contrários ao imenso pragmatismo que se apossou da nossa época, há indivíduos que buscam outra legitimidade, outra perspectiva de salvação.

Afastado da obsessão do agir – muitas vezes simples agir por agir – brota por aí um inegável desejo de equilíbrio, harmonia, sentido no trabalho e na vida, povoamento do tempo com valores essenciais.

Cresce, consciente e voluntária, uma opção pela simplicidade, redução, descongestionamento – menos aquisições, mais substancialidade. Trata-se de paradigma afastado da mercadoria e do dinheiro, do “trabalhar mais para ganhar mais”. Sabedoria frugal, inimiga dos fundos falsos e fáceis, dos cantos de sereia entoados pelo consumismo.

É compreensível. Nos inúmeros caminhos de cultivo da personalidade, é correto escolher aquele que desperte menos inquietação, reduza pressões, não gere insegurança, não traga mal-estar ou comprometa nossa autoestima.

Nesse sentido o auxílio da espiritualidade é bem vindo. Ela domestica as perversidades dos desejos de poder, as vontades de dominar, os egoísmos da quantidade e da força. Ela ampara quem não pretende abraçar o modelo dominante, correr atrás de recordes. Acolhe o que há de mais fundamental: viver uma vida plena para si, sentir-se bem, ser feliz. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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