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Vidente explica que as relações humanas valem mais do que os bens

25 nov 2013 - 08h15
(atualizado às 08h15)
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<p>Cotidiano de muitas compras e pouco preenchimento existencial não alimenta a alma</p>
Cotidiano de muitas compras e pouco preenchimento existencial não alimenta a alma
Foto: Getty Images

Foi uma conversa complicada. Ela, chorando, disse: “minha vida é péssima!”. Era mesmo: inveja, ciúme, desarmonia, desequilíbrio... um fardo. O mais estranho? Tinha tudo para ser o oposto, perfeita. Aos 47 anos era ainda uma mulher bastante bonita, elegante.

Bem posicionada financeiramente, nunca trabalhara e fazia questão de se vestir esmeradamente, grifes cobiçadas. Desfilava nos pés o sonho de consumo de uma vasta população de mulheres e no pulso um relógio que, mais do que indicar a hora com exatidão suíça, era uma joia valiosa. Então, qual era o problema? Simples: as relações humanas. Com as pessoas do mundo ao seu redor as trocas eram desastrosas.

Nos trinta minutos iniciais da consulta, apresentou-me um panorama bastante desolador: um cotidiano de muitas compras e pouco preenchimento existencial. A agenda cheia de banalidades, A energia gasta para estufar o armário. Pouco investimento em algum crescimento pessoal, da interioridade ou da sensibilidade. 

A queixa era de uma vida esvaziada de sentido ou desafio, mas, a problemática central, verdadeiramente relevante, aflorou quando toquei no assunto: filhos. Mãe de apenas uma filha, ela canalizava fantasias demais.

Agora, aos vinte e poucos anos, a menina se mostrava o inverso das aspirações da mãe. Não apenas crítica a tudo que aquele mundo da mãe representava; ela assumia, de forma cada vez mais agressiva e descontrolada, uma postura contrária em relação a tudo que viesse de casa, tudo que envolvesse o ambiente familiar e seu conjunto de valores.

Nos últimos meses as coisas tinham piorado, escapado do controle. A filha, um vulcão, esmerava-se em fazer tudo, tudo mesmo, da pior forma possível: largando os estudos, jogando para o alto a possibilidade de intercambiar no exterior, escolhendo os namorados errados e, pior, derivando para uma série angustiante de experiências que, para dizer o mínimo, apontaríamos como temerárias e perigosas. Atenções foram movidas: mimos, terapeuta, psiquiatra, mais mimos. Resultado nulo, decepções, angústias, crescente ódio recíproco.

A mãe, chorando, explicou detalhadamente como a situação entre elas foi se deteriorando. Minha sensibilidade, também entristecida, não parava de me dizer: “que pena, estamos mesmo num mundo frágil, tão rico materialmente e tão pobre espiritualmente”.

Nas minhas preces, um pedido especial para aquela mãe atormentada. Que as resoluções cármicas dos diversos desafios se consolide. Que ela cresça, inclusive para retribuir (também no plano espiritual) todo o bem-estar que vem desfrutando. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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