Vidente fala sobre diferenças entre livre-arbítrio e carma
O livre-arbítrio e o carma são territórios fronteiriços. Todos já sentimos, vez ou outra na trajetória de nossas vidas, que o livre-arbítrio termina onde o carma começa. Essa percepção, porém, não esclarece o que é cada uma dessas instâncias.
Afinal, quais são as diferenças marcantes entre essas duas condições? Como entender estes percursos tão próximos, mas ao mesmo tempo tão diversificados?
Vamos imaginar a vida como uma grande estrada, em que cada um de nós pilota um veículo que está sob sua estrita responsabilidade. A estrada, aberta e livre a nossa frente, permite ao condutor escolher a forma de dirigir.
Existe aquele que vai cauteloso, atento, não se expondo a maiores riscos, sem acelerar muito, respeitando os demais. Mas alguém pode querer sair correndo desabalado, sem se importar com o perigo que isso representa, e sofrer um grande acidente – às vezes fatal. Nessas condições, isto pode ser visto como resultado de livre-arbítrio exercido pelo indivíduo, uma vez que foi o próprio motorista do veículo que se expôs a esse desfecho infeliz.
Se, porém, o veículo vai pela estrada normalmente e de repente uma enorme pedra rola morro abaixo e o colhe de surpresa, causando destruição, é possível perceber que estamos frente a frente com o carma, com esse aspecto da vida em que já não podemos interferir, apenas restando-nos perguntar: o que motiva o carma?
Essa é uma pergunta difícil de se responder, pois quando descobrimos o motivo, ele deixa de ser carma – para se incorporar na nossa história passada como algo que já foi vencido.
Tal elaboração, importante para harmonizar as energias e dinâmicas espirituais, é objeto de meus atendimentos cotidianos. Auxiliar na resolução dos nós cármicos é das mais destacadas responsabilidades que compete aos profissionais do esoterismo.