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Vidente nega existência do amor perfeito; entenda!

23 fev 2018 - 12h40
(atualizado às 12h55)
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Amor perfeito é o nome de uma flor. Também de um licor. Ambos de cor violeta, adocicados, um pouco enjoativos. Com esse nome, outra coisa que exista, não conheço. E o sentimento, Marina? O amor perfeito, Marina? Não conheço, não.

Foto: AntonioGuillem / iStock

Conheço bastante bem, isso sim, alguns amores reais. Construídos na dificuldade e na superação, fragmentados como tudo que é humano e pode ganhar existência nesse plano de realidade que ora ocupamos: imanente, incompleto, repleto de falhas, fissuras e rupturas.

Nego a existência do amor perfeito, mas não, muita atenção queridos leitores, sua importância enquanto ideia a ser perseguida. Como tudo que é ideal e pleno, ele é fundamental e grandioso na medida em que indica para as pessoas o rumo, caminho e direção.

Funciona, como tantas coisas úteis – mapa, bússola, lanterna, régua, compasso, Fio de Ariadne –, para nos auxiliar, servir de referência. É forma de não cairmos à deriva, sem saber como organizar e canalizar corretamente as nossas energias afetivas e sensibilidades emocionais.

Na medida em que amadurecemos, passando a compreender melhor o conjunto sutil dos enigmas que nos cercam, podemos aprender que na própria promessa há algo da sua realização. Toda busca embute um pouco do encontro, na expectativa apaixonada já contém uma possibilidade de felicidade. Nada disso deve ser desprezado.

Os poetas sempre acertam. Vinicius de Moraes, grande poeta, acerta em cheio ao pedir que todo amor “seja infinito enquanto dure”. Já que transitoriedade e impermanência são as marcas absolutas da concretude de nossa vida, a postura correta é sorver cada gota como se fosse um néctar.

É a opção mais adequada, capaz de facultar dupla recompensa. Uma melhor vivência das experiências que se configurarem na trajetória, tornando cada momento vivido mais agradável, leve, desprendido e despreocupado.

Além disso, mais importante e significativo no plano da espiritualidade, a conduta indicada pelo poeta, de entrega total apesar dos pesares, é capaz de embasar o fortalecimento de intensa felicidade que se prolongará na memória – esta sim infinita.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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