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Vidente: para vivermos mais, é preciso dar mais abraços

16 jun 2014 - 08h20
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Foto: Getty Images

Convido-te a contar todos os seus medos, suas angústias. Conte-me o que passou, o que pensaste, o que só você sentiu.

Conte-me a desilusão de atravessar esse mundo de “whats apps” e mensagens instantâneas, onde as pessoas só sorriem para as fotos.

Conte-me desses dias rápidos, instantâneos, sem espontaneidade, motivados em grande medida por interesse raso e mesquinho.

Conte-me das guerras de amor, duras batalhas que deixam a paixão se afastar, passar, se perder nos vagões de metrô.

Conte-me desse mundo onde estão todos 24 horas por dia conectados, onde as amizades se escondem, a solidão mostra garras geladas.

Conte-me do afeto e do carinho que deveríamos ter uns com os outros, dos gestos simples que dão sentido profundo ao estar vivo.

Conte-me da importância de estender a mão, dar um ombro a quem chora, ajudar quem precisa, compartilhar sentimentos.

Eu ouvirei. Eu concordarei. Eu entenderei. O que posso oferecer?

Saber que para vivermos mais, precisamos reaprender a dar mais abraços e beijos, a ser mais espontâneos, a nos guiar pelo coração.

Saber aceitar a solidão, ponto de saída e não de chegada da nossa aventura, a mais apavorante das situações humanas, folha em branco, vazia; partitura musical sem notas.

Saber o valor do impulso que nasce da espiritualidade, a energia movida pela crença, antídotos contra a agonia e a falta de razão ou sentido no existir.

Saber atravessar o deserto aberto, o vendaval ruidoso, o entardecer vazio, as ondas que podem nos sufocar. Inimigos que o poder da mística é capaz de enfrentar e vencer, enfraquecer, fazer recuar às suas reais dimensões de inferioridade diante do brilho da alma.

Isso quero te ensinar: deixe-se levar por essa possibilidade que há tanto tempo representa abrigo seguro nas escuridões noturnas. Sem sentimentos e compreensões maiores, a vida é nada, espuma que se desfaz rapidamente. Encontre a substância verdadeira, a que alimenta, garimpando ali onde as coisas são saudáveis, verdadeiras.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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